Na última terça-feira, em evento de prestação de contas da Secretaria Municipal de Educação (Semed), a prefeita Adriane Lopes anunciou concurso público para a contratação de 323 professores.
A medida é necessária porque desde o último concurso, há 7 anos, o quadro de professores vem se reduzindo de forma bastante sensível, o que obriga o município a contratar cada vez mais profissionais sem vínculo com a prefeitura para atender a demanda da Rede Municipal de Ensino (REME).
No entanto, chama a atenção o reduzido número anunciado pela prefeita. Com um déficit de mais de 2.500 professores, concurso para preencher apenas 323 vagas não faz o menor sentido.
Com os números em mãos o Sindicato dos Professores da Rede Municipal já se manifestou no sentido de que esse número seja ampliado. Razões não faltam para tanto.
Além de buscar zerar o déficit, colocar mais professores efetivos nas salas de aulas reduz a pressão financeira negativa sobre a previdência dos servidores municipais.
Isso porque os concursados recolhem para o Instituto Municipal de Previdência, o IMPCG, enquanto os convocados, ou contratados, recolhem para o INSS, o regime geral.
O déficit do IMPCG, que é bastante elevado, tende a ser reduzido e até zerado com a entrada de novos concursados.
Mais: o mesmo dinheiro que a prefeitura gasta para pagar os convocados seria utilizado para remunerar os novos efetivos que entrarem na folha salarial. Não se justifica, portanto, concurso para preencher apenas 323 vagas.
Confira na íntegra: