
A trajetória que transformou a GetNet no primeiro unicórnio brasileiro e hoje inspira a Raiô foi compartilhada por José Renato Hopf na 7ª edição do RCN em Ação 2025 – AMCHAM Talks Campo Grande.
Diante de mais de 150 executivos, o fundador defendeu inovação, cultura organizacional e o modelo de negócios em plataforma como caminhos para crescer de forma sustentável.
Da GetNet ao primeiro unicórnio brasileiro
José Renato Hopf relembrou como fundou a GetNet em um mercado dominado por poucas empresas e destacou o pioneirismo na digitalização das recargas de telefonia antes de se tornar líder em adquirência.
“Não criamos a empresa para vender, mas é preciso estar preparado para uma saída do investidor, principalmente em tecnologia. Desenvolver pessoas é a maior capacidade competitiva de uma empresa”, afirmou.
Ele contou ainda que mapeou 88 colaboradores-chave entre os 2,8 mil funcionários para manter a cultura organizacional durante a transição para o Santander, mas reconheceu que a mudança estratégica do banco afetou o quadro de talentos.
Estratégias na Raiô
Ao comparar a experiência da GetNet com a atuação atual na Raiô, Hopf explicou que o setor de benefícios corporativos passa por uma transformação semelhante à adquirência no passado: grande, mas mal atendido.
Antes de lançar a empresa, entrevistou mais de 200 companhias para mapear dores e necessidades.
“Cada setor precisa de soluções próprias. É preciso escutar ativamente o cliente, oferecer segurança e qualidade. Respeite o concorrente, mas não deixe que ele dite seu olhar”, disse Hopf.
Negócios como plataformas
Hopf também defendeu que as empresas do futuro precisam operar como plataformas para ganhar escala e agilidade.
Ele relembrou que, após vender a GetNet, investiu na 4all, responsável por desenvolver dezenas de plataformas digitais no Brasil.
“Quando você pensa o seu negócio como uma plataforma, consegue escalar de uma forma que ninguém mais consegue. É tecnologia, processo e modelo mental para se adaptar rápido à concorrência e criar novos produtos”, explicou.
O empresário recomendou que líderes usem parceiros estratégicos para crescer, mas mantenham controle sobre dados e relacionamento com o cliente.
“Você não consegue fazer tudo sozinho. É preciso parcerias, mas sem perder o essencial do seu negócio”, ressaltou.
Inspiração para executivos
Com a plateia atenta, Hopf encerrou incentivando líderes a priorizar cultura, inovação e visão de longo prazo para escalar negócios de forma sustentável.
“Os negócios são feitos entre pessoas. É preciso manter a essência, profissionalizar e dar independência para crescer”, concluiu.