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Investigação

Derf prende funcionárias de pecuarista morta na capital

Mãe, filha e mais um suspeito tentaram extorquir R$ 20 mil da vítima

Viatura da Polícia Civil durante perícia na casa da vítima, Andreia Aquino - Foto: Eduardo Suede
Viatura da Polícia Civil durante perícia na casa da vítima, Andreia Aquino - Foto: Eduardo Suede

As funcionárias da pecuarista Andreia Aquino Flores de 38 anos, morta em um condomínio de luxo na capital, foram presas por suposto envolvimento no crime nesta sexta-feira (29). Segundo a Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos (Derf), mãe e filha confessaram durante depoimento, a participação de um rapaz de 23 anos, cunhado de uma delas. Os suspeitos queriam que Andreia fizesse uma transferência de R$ 20 mil via PIX, momento em que ela reagiu ao assalto, foi agredida e em seguida morta por asfixia.  

De acordo com a investigação, o corpo da pecuarista foi encontrado por um vizinho, que recebeu a notícia através das funcionárias. Para simular o roubo, os autores usaram uma arma de fogo falsa, que foi comprada enquanto se deslocavam até à casa de Andreia, depois de simular falso sequestro no estacionamento de uma rede atacadista. A polícia informou que encontrou o revólver de brinquedo dentro da bolsa de uma delas. O rapaz fugiu com alguns objetos de valor e ainda não foi encontrado.  

 

Depoimento inicial

A princípio, mãe e filha alegaram que durante a manhã de ontem (28), foram até um supermercado para fazerem compras, utilizando o carro da vítima. Em seguida, ambas teriam sido rendidas por dois indivíduos que já se encontravam dentro do automóvel. Mãe e filha teriam sido obrigadas a seguirem com o veículo até a residência da vítima, o que segundo a polícia, não procede.  

Segundo depoimento delas, no interior da residência, Andreia foi amarrada em um quarto e os autores teriam subtraído alguns objetos eletrônicos. Segundo a versão inicial, os assaltantes também teriam amarrado uma das suspeitas em outro quarto, sendo a mãe dela, obrigada a conduzir o veículo e deixar os autores no Bairro Tiradentes.

Após isso, ela teria retornado ao condomínio com o veículo, ao tempo em que teria conseguido se soltar das amarras e constatado que Andreia estava morta no quarto. Diante de tais informações, policiais da DERF, com apoio do Grupo de Operações e Investigações (GOI), passaram a realizar diligências visando apurar a dinâmica do ocorrido, sendo então constatado que a versão apresentada por ambas era falsa.