Segundo agrônomos e pesquisadores, o desenvolvimento da soja segue bem em Mato Grosso do Sul. Há diferença nas lavouras entre alguns municípios, em razão da altitude, clima e tipo de solo. Em Maracaju os produtores rurais se destacam pela aplicação de tecnologias como o Plantio Direto.
A semeadura direta na palha traz inúmeros benefícios para a lavoura. Essa é uma tecnologia aprimorada no Brasil que é fundamental para a sustentabilidade ambiental da agricultura.
Dentre vários benefícios, estão a reciclagem de nutrientes e aumento da macro, meso e microbiota no solo, diminuição da necessidade de uso de herbicidas e o mais importante, para o sequestro de carbono atmosférico, contribuindo significativamente para a redução de gases causadores de efeito estufa. Quem explica é o pesquisador e engenheiro agrônomo de Maracaju, Ricardo Barros.
Em Maracaju, o Plantio Direto foi adotado ainda no final dos anos 1970 e no início dos anos 1980, tecnologia apresentada por muitos produtores vindos da Holanda, do Paraná e do Rio Grande do Sul, trazendo muitas transformações na agricultura da região.
Números safra 22/23
Segundo a Aprosoja/MS, Mato Grosso do Sul já tem 92,5% da área de soja semeada, equivalente a 3,5 milhões de hectares. A região sul está com o plantio mais avançado, com média de 94%, enquanto o norte está com 93% e a região central, com 87%. Os números integram o Boletim da Agricultura da Casa Rural, produzido pela Associação de Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul, Sistema Famasul e Governo do Estado, divulgado nesta semana.
De acordo com o Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio – Siga MS, as lavouras variam do estádio fenológico VE, que indica a emergência das plântulas, ao R1, marcado pelo início do florescimento. A estimativa para este ciclo é de 3,8 milhões de hectares, produtividade de 53 sacas/hectare e produção de 12,3 milhões de toneladas.