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Hospital São Julião continua no prejuízo com calote da prefeitura

Compromisso com vereadores foi ignorado, emendas continuam retidas e dívida de R$ 1,1 milhão não foi paga

Edir Viégas aborda a dificuldade do Hospital São Julião em ter os compromissos firmados cumpridos na totalidade - Foto: Duda Schindler/CBN-CG
Edir Viégas aborda a dificuldade do Hospital São Julião em ter os compromissos firmados cumpridos na totalidade - Foto: Duda Schindler/CBN-CG

No dia 29 de junho, técnicos da Secretaria Municipal de Saúde, dentre eles o titular da pasta, o médico Sandro Benitez, foram convocados pelo presidente da Câmara Municipal vereador Carlos Augusto Borges, o Carlão, para tratar do calote da prefeitura no Hospital São Julião.

Na ocasião, foi discutida a necessidade urgente de renovação do contrato do hospital com a prefeitura, que venceria no dia 31 de junho, para que o atendimento aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) não fosse suspenso.

Também foi discutida no encontro a retenção de emendas parlamentares destinadas ao hospital, que somam quase R$ 2,5 milhões, bem como calote no valor de R$ 1,1 milhão dado pela prefeitura, que deixou de pagar pelos serviços prestados.

Três compromissos foram fechados na reunião. O primeiro deles, a renovação do contrato entre a prefeitura.

O segundo compromisso foi o de que a prefeitura iria enviar na semana seguinte à reunião, no dia 3 de julho, projeto de lei estabelecendo a suplementação de recursos à Sesau para que esta promovesse o pagamento do débito de R$ 1,1 milhão em atraso.

O vereador Carlão inclusive se comprometeu a discutir e votar a matéria em regime de urgência, em socorro ao hospital.

Já o terceiro compromisso foi a liberação de emendas parlamentares no valor de R$ 2.450 milhões, destinadas ao Hospital São Julião para custeio, ou seja, para investimentos ou pagamento de contas, sem a necessidade de produção de serviços, conforme garante a legislação.

De 29 de junho até esta terça-feira já se passaram 19 dias e apenas o compromisso de renovação do contrato foi cumprido, e ainda assim nos mesmos termos do acordo firmado em 2022.

O projeto de suplementação de verbas para a Sesau pagar os débitos em atraso jamais foi enviado e as emendas parlamentares continuam retidas nos cofres do município. Pior ainda: A Câmara Municipal entrou em recesso e só retoma as sessões no dia 1º de agosto.

Confira na íntegra: