Os dirigentes dos principais partidos estão "batendo cabeça" para controlar os nervos das lideranças políticas em Dourados, que brigam pela indicação para concorrer a prefeitura nas eleições de 2024. O maior foco das encrencas está no PSDB e PP. O ex-governador Reinaldo Azambuja, presidente regional do PSDB, espera solucionar o impasse com diálogo. Não está fácil encontrar, por ora, uma solução, porque o partido tem muitos pré-candidatos a prefeito e ninguém quer facilitar o acordo. O deputado federal Geraldo Resende é um que trabalha pela sua indicação. Mas encontra resistência dos deputados estaduais Zé Teixeira e Lia Nogueira. Esses dois, também, já avisaram Azambuja do desejo de concorrer à prefeitura. O ex-governador pediu muita calma aos deputados para não transformar as diferenças políticas em crise.
E como Geraldo não conta com apoio de Teixeira e Lia, até porque todos estão brigando pelo mesmo projeto político, ele até sugeriu a filiação do vice-governador Barbosinha, hoje no PP, para ser o candidato do PSDB. Essa ideia não agrada nenhum pouco os outros dois pré-candidatos.
Se falou inclusive em trazer Marçal Filho, do PP, de volta ao PSDB para disputar a prefeitura. A proposta não avançou.
E como, também, não tem avançado os esforços na busca de consenso em torno de um nome do PP, Marçal queria ser o pré-candidato. Mas ele foi jogado de lado com a decisão da senadora Tereza Cristina, comandante do PP no estado, de bater o carimbo na pré-candidatura à reeleição do atual prefeito Alan Guedes.
A indicação do nome de Guedes mexeu com os nervos de outras lideranças do PP, que se recusam, no momento, em apoiar a sua reeleição.
O vice-governador Barbosinha é um deles. Ele até disse à CBN Campo Grande sobre as profundas divergências com Guedes. Os dois são do mesmo partido, mas não se falam. Se depender de Barbosinha, Guedes não disputaria a reeleição pelo PP. Outro que fechou a cara com a indicação de Guedes foi Marçal Filho. Ele até admitiu sair do PP para tentar concorrer a prefeitura por outro partido.
Tereza Cristina sabe o tamanho da encrenca em Dourados. Mas acredita que tudo vai terminar bem com o passar do tempo. O grande desafio será derrubar a alta rejeição de Guedes. As pesquisas para consumo interno não são nada animadoras. Tereza está, também, trabalhando para não perder Barbosinha, que está sendo assediado por outros partidos. Ela considera a permanência de Barbosinha na Vice-Governadoria como fundamental para o futuro planos do partido.
Já em Campo Grande, tanto o PSDB quanto o PP não enfrentam o mesmo problema de Dourados. O PP está fechado com à reeleição da prefeita Adriane Lopes e o PSDB com o deputado federal Beto Pereira.
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