A colheita do milho segunda safra segue em ritmo lento em Mato Grosso do Sul, de acordo com o levantamento mais recente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Até o último domingo (5), apenas 14,8% das lavouras haviam sido colhidas no estado, índice abaixo da média histórica para o período e distante dos percentuais registrados em outras regiões produtoras.
Apesar do avanço em relação à semana anterior, o ritmo segue prejudicado principalmente pela alta umidade dos grãos, provocada por chuvas e temperaturas mais baixas. A Conab informa que, mesmo diante das dificuldades, os trabalhos continuam, ainda que de forma mais lenta.
Em todo o país, 27,7% das áreas cultivadas com milho segunda safra já foram colhidas. O dado é superior aos 17% da semana anterior, mas está bem abaixo dos 61,1% alcançados no mesmo período de 2023 e dos 39,5% da média dos últimos cinco anos.
Cenário nacional
Entre os estados com maior percentual de colheita estão Mato Grosso (57,2%), Tocantins (36,2%), Maranhão (36%), Piauí (26,2%) e Minas Gerais (21,4%). A colheita avança mais rapidamente em locais com clima mais seco, como no caso de Minas Gerais e Mato Grosso, onde os rendimentos estão, inclusive, acima das expectativas iniciais.
Em contrapartida, além de Mato Grosso do Sul, o Paraná também enfrenta dificuldades. As atividades pararam quase completamente no estado por causa do excesso de umidade nos grãos e das temperaturas baixas, que comprometem o andamento da colheita.
Segundo a Conab, 64,6% das lavouras brasileiras de milho já estão em fase de maturação, enquanto 7,7% ainda estão em enchimento de grãos.