O avanço do Huanglongbing (HLB), também conhecido como greening, está forçando uma reorganização da produção de citros no Brasil. Considerada a doença mais destrutiva para a citricultura mundial, o HLB tem comprometido a produtividade no tradicional cinturão citrícola, formado por São Paulo, Triângulo Mineiro e Sudoeste de Minas Gerais.
Diante desse cenário, a produção de citros está se expandindo para outras regiões do país, incluindo Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná e Distrito Federal, formando o chamado Cinturão Citrícola Expandido (CCE).
Pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) estão desenvolvendo estudos de zoneamento de riscos climáticos e fitossanitários para auxiliar citricultores na migração para essas novas áreas produtivas. O objetivo é minimizar os impactos da doença e garantir a sustentabilidade da atividade.
O chefe-geral da Embrapa Mandioca e Fruticultura e fitopatologista Francisco Laranjeira destaca que a expansão da cultura é a nova realidade. “A Embrapa está empenhada em colaborar de todas as formas para mitigar e controlar o HLB, mas a avaliação de que a citricultura pode mudar e se expandir para novas áreas é uma realidade”, afirma o especialista.