Um policial penal, de 37 anos, foi preso preventivamente após decisão da Justiça de Mato Grosso do Sul. Ele é investigado por envolvimento com uma organização criminosa alvo da Operação Blindspot, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público.
Segundo as investigações, o servidor teria repassado informações sigilosas, feito consultas ilegais em sistemas restritos, recebido pagamentos indevidos e monitorado bens apreendidos em operações. Os indícios apontam que essas ações beneficiavam lideranças do grupo criminoso.
A Operação Blindspot foi realizada no dia 9 de julho de 2025 para desarticular uma rede interestadual de tráfico de drogas. Na ação, foram expedidos 37 mandados de prisão e 30 de busca e apreensão em Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais. O esquema usava caminhões de carga e escondia entorpecentes em cilindros de oxigênio adulterados, mochilas e estepes de veículos. Em uma única apreensão, mais de 424 quilos de drogas foram retirados de circulação.
O policial penal já havia sido alvo da Operação Courrier, em 2022, quando foi acusado de uso irregular de sistemas prisionais e de favorecer detentos ligados a facções criminosas em troca de dinheiro.
De acordo com a decisão judicial, a prisão é necessária para manter a segurança pública, garantir que o acusado responda ao processo e evitar que volte a cometer crimes. O caso segue em segredo de Justiça.