Mato Grosso do Sul garantiu nesta quinta-feira (29), na B3 em São Paulo, 37 % de redução de gastos com energia, instalações do Estado e Sanesul, com mais de 33% de deságio, além de reafirmar o compromisso com o projeto de carbono neutro para 2030.
A novidade veio através de Parceria Público-Privada (PPP) com a empresa HCC Energia Solar que venceu o certame e vai administrar o sistema por 23 anos no caso do Governo do Estado e 18 anos para a Sanesul. A abrangência do projeto é de 1.434 Unidades Consumidoras de baixa tensão do Governo de MS; e 463 Unidades Consumidoras de baixa tensão da Sanesul.
A PPP prevê a implantação, manutenção e operação de centrais de energia elétrica fotovoltaica, com gestão de serviços de compensação de créditos, a fim de suprir demanda energética das estruturas físicas da administração pública do Estado e da Sanesul.
“Esse é um projeto pioneiro no Brasil e Mato Grosso do Sul mostrou mais uma vez que é um Estado de inovação. Hoje estamos aqui com esse plano que é pioneiro no leilão da B3 e mostrando que não devemos ficar apenas nos discursos, mas que somos parte desse plano da preservação do meio ambiente”, disse o secretário da Semagro, Jaime Verruck.
O secretário, declarou ainda que o estado se consolidou nos projetos de PPPs e concessões pela gestão equilibrada que construiu ao longo dos últimos oito anos. “Temos segurança jurídica, economia equilibrada e projetos de qualidade, tudo isso vai de encontro com os propósitos do governador Reinaldo e estamos avançando cada vez mais, seja em rodovias, conectividade, saneamento e agora na geração da energia limpa”, afirmou.
A secretária Especial de Parcerias Estratégicas, Eliane Detoni, aponta que o projeto é importante também para que o Estado esteja alinhado com as melhores práticas ESG (sigla que traduzido do inglês significa Meio Ambiente, o Social e a Governança).
“Conquistamos nosso objetivo com a geração da energia renovável dentro da estrutura pública de Mato Grosso do Sul, além de garantir a redução dos custos em até 37%'', destacou.
Para o grupo investidor, implantar energia solar para atender o Estado de Mato Grosso do Sul é um passo grande e de muita satisfação. “Nós já temos pequenas parcerias com algumas gestões públicas, mas nenhuma neste tamanho, estamos confiantes de uma parceria de sucesso”, disse Lucas Yamamoto, investidor.
Projeto
Entre as premissas do projeto estão: autoconsumo remoto; matriz energética alimentada por fonte limpa/renovável; terreno escolhido pelo Parceiro Privado (3ha por MWp + 20% de Reserva Legal): o Governo: 50,5 hectares e Sanesul: 27 hectares, usinas conceituais de até 2,5 MW (para possibilitar conexão em média tensão); tecnologia mais avançada (bifacial tracker); demanda das UCs em baixa tensão; ano de referência da demanda: 2021; demanda a ser contratada (flat): o Governo: 26.000.000 kWh/ano e 13.500 kWp e a Sanesul: 14.000.000 kWh/ano e 7.200k Wp
Entre os benefícios do projeto estão a redução na conta de energia elétrica das unidades consumidoras de baixa tensão da Administração Pública de MS e da Sanesul; menos suscetibilidade às variações da tarifa de energia elétrica e contribuição substancial para o Programa MS Carbono Neutro;
De acordo com Verruck, a meta é incentivar a produção de energia de fontes renováveis, implantando Centrais de Energia Fotovoltaica, contribuindo para a preservação do meio ambiente.