A decisão do presidente regional do PSD, senador Nelsinho Trad, de não entregar mais o comando do partido ao irmão Marquinhos Trad dá impressão de racha na família. Até pode ferir o ego do ex-prefeito. Ele já falava que iria presidir o partido na Capital. Mas não é isso que vai acontecer.
Como todos sabem, o ex-prefeito está na mira das autoridades policiais por causa de denúncias de crimes sexuais e de órgãos de controle, que apuram indícios de irregularidades na sua administração. Mas, o efeito da decisão de Nelsinho, na prática, tira Marquinhos da linha de tiro dos adversários, porque ele não ficará exposto aos ataques dos adversários políticos.
Nelsinho esclareceu que não foi uma posição isolada sua deixar Marquinhos fora do comando partidário. Foi uma decisão conjunta com outras lideranças do partido.
Como o PSD tem planos de lançar candidato próprio a prefeito de Campo Grande, por ser o quinto partido do País e ser a maior bancada do Senado com 16 integrantes, a intenção de Nelsinho é entregar o comando para alguém com as credenciais para entrar na disputa eleitoral.
O deputado estadual Pedrossian Neto é um dos nomes do partido para concorrer à prefeitura. Mas Nelsinho não afastou, ainda, a hipótese de o PSD receber em seus quadros liderança de outra legenda para ser o candidato a prefeito.
E, também, não fechou as portas do PSD para aliança com a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP). Ela era vice de Marquinhos e assumiu a prefeitura com a renúncia dele para disputar o governo do Estado, em 2022.