Depois de quatro anos de estiagem mais severa, o nível do rio Paraguai na régua instalada no 6º Comando do Distrito Naval, em Ladário, alcançou a marca de 4,24 m, medida que não era registrada desde 2018. Esse foi a maior medição obtida neste ano. E, conforme a Superintendência Municipal de Proteção e Defesa Civil de Corumbá, o Pantanal registrou uma cheia pequena agora em 2023.
Esse período de maior volume de água foi finalizado agora em agosto e a época de vazante passou a ter lugar no Pantanal, com redução do nível do rio Paraguai. A Defesa Civil de Corumbá mantém monitoramento na região por meio do do Boletim de Cessação de Alerta de Risco de Inundação Gradual do Rio Paraguai. Quando o curso hídrico chega a 4 metros, nível de alerta é acionado.
No monitoramento que é feito, a margem dos 4 metros foi reduzida nesta quarta-feira (23) e está em redução gradativa, indicando um novo ciclo no Pantanal. A marca para esta sexta-feira (25) foi de 3,91 m.
O alerta emitido pela Defesa Civil de Corumbá é fundamentado em dados técnicos do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), de estudos da EMBRAPA Pantanal, do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), e da aferição de nível do rio Paraguai do Centro de Hidrografia e Navegação do Oeste do 6º Distrito Naval.
“O nível do Rio Paraguai ultrapassou a cota de alerta, que é de 4 metros na data de 26 de junho de 2023 e atingiu o seu nível máximo na data de 18 de julho, com 4,24 metros, chegando a 2,22 metros acima do seu nível de redução”, explicou o superintendente Municipal de Proteção e Defesa Civil, Isaque do Nascimento.
A partir de 21 de agosto, o nível do rio Paraguai começou a descer e chegou a 3,98 metros, sinalizando um processo continuado de declínio.
O alerta tem o objetivo de subsidiar ações de proteção ambiental, de manejo campestre e pastoril, de navegação fluvial, das atividades econômicas presentes no complexo pantaneiro e do cotidiano regional das comunidades ribeirinhas. Com a vazante, áreas alagadas vão ficar expostas e existe um cuidado também com o risco de incêndio florestal no médio prazo.