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Pesquisa analisa importância ecológica e nutricional da erva-mate em Mato Grosso do Sul

Estudo da UFMS pretende estudar a identidade da planta e suas características por meio da análise nutricional

Estudo da UFMS pretende estudar a identidade da planta e suas características por meio da análise nutricional - Foto: Divulgação/UFMS
Estudo da UFMS pretende estudar a identidade da planta e suas características por meio da análise nutricional - Foto: Divulgação/UFMS

Um estudo em andamento na UFMS pretende resgatar a cultura da erva-mate, patrimônio histórico de Mato Grosso do Sul. A estudante do Programa de Pós-Graduação em Saúde e Desenvolvimento na Região Centro-Oeste, Jacqueline Marques, sob orientação do professor da Faculdade de Medicina, Valter Aragão do Nascimento, estuda a identidade da planta e pretende caracterizar o produto por meio da análise de seus componentes nutricionais e contribuir para a construção de literatura específica.

A erva-mate está tão enraizada na cultura do estado que um ramo da planta ilustra o lado esquerdo do Brasão de Mato Grosso do Sul, instituído em 1979. Em séculos passados, o cultivo da planta foi a principal atividade econômica na região da fronteira de Mato Grosso do Sul e Paraguai. A importância foi reconhecida em 2011 por meio de decreto do Poder Executivo que determinou o registro do tereré de Ponta Porã como patrimônio imaterial histórico e cultural do estado.

Aqui, a erva-mate é amplamente apreciada como bebida gelada, na forma de tereré, embora também seja ingerida como chimarrão. Como o estado consome mais que produz, é necessário importar a matéria-prima de regiões vizinhas.

A pesquisa ficou organizada em missões científicas em duas etapas. Na primeira, é realizada a visita aos produtores para coleta de amostras e levantamento de informações sobre a produção. A segunda etapa consiste no retorno aos locais com os resultados parciais obtidos. A primeira missão científica da erva-mate foi realizada em março deste ano nas cidades de Amambai e Ponta Porã, onde os pesquisadores fizeram visitas, juntamente com os técnicos da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural).

Além disso, foram feitas coletas de material botânico de erva-mate e solo para análise em laboratório e a obtenção de informações sobre a produção. A segunda missão científica, com o retorno aos locais de produção, está prevista para este mês. Outras missões são esperadas para ocorrer ao longo do ano em outras cidades do sul do estado como Antônio João, Coronel Sapucaia, Aral Moreira, Tacuru, Japorã, Laguna Carapã, Iguatemi e Paranhos.

Os pesquisadores integram o Grupo de Pesquisa de Espectroscopia e Bioinformática Aplicada à Biodiversidade e à Saúde que tem se dedicado ao longo dos anos ao estudo de plantas medicinais e alimentícias.

*Com informações da UFMS