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CBN Agro

Produção de algodão traz rentabilidade a produtores de MS

Ampasul estima maior quantidade para 2º safra e expansão de produção em diversas cidades do estado

Adão Hoffmann da Ampasul, Eder Campos e Thais Cintra, durante o CBN Agro - Crédito: Fotoframe
Adão Hoffmann da Ampasul, Eder Campos e Thais Cintra, durante o CBN Agro - Crédito: Fotoframe

Com 40% do algodão colhido em Mato Grosso do Sul, a 2º safra vem refletindo aumento significativo na produção, onde algumas propriedades registraram já até 500 sacas do produto. A informação foi divulgada por Adão Hoffmann, diretor executivo da Associação Sul-mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampasul), durante entrevista no programa CBN Agro deste sábado (23). Segundo o gestor, mesmo com as adversidades no campo, causadas pelas condições climáticas, o resultado é positivo e os investimentos em pesquisas e tecnologia foram fundamentais para o cenário.

“Em 2022, o clima foi bom apesar de que algumas propriedades foram afetadas por conta das condições climáticas, como o excesso de chuva ou falta dela, a estiagem e até granizo. Tem locais onde já foram colhidos em média de 300 à 350 arrobas. Os talhões demonstram resultado acima de 400 arrobas e em alguns locais, até 500. Diversas pesquisas em logística são desenvolvidas nos municípios. Temos a inserção de novas árvores de algodão em Maracaju e Nova Alvorada do Sul”, analisa.

Conforme Adão, o produtor está enxergando o algodão com alto potencial de mercado. “Hoje o produtor do centro-sul tem basicamente a soja e o milho como cultura principal cultura, quando ele consegue inserir o algodão junto ao sistema, além de ser mais uma venda econômica, ele ganha qualidade de rotação de cultura, pela talhada, matéria orgânica que ele deixa no solo e também pelo perfil do solo que ele consegue trabalhar. Temos exemplos de vários produtores onde nas culturas de soja, há incremento de 20% na produtividade por onde passou o algodão. Vantagem que traz rentabilidade econômica”, explica.

Conforme Hoffmann, Chapadão do Sul é responsável por mais de 90% da produção de algodão no estado e com a tecnologia, foi possível ampliar a variedade do produto, que hoje conta com 30 tipos no mercado. “A cultura é muito complexa e os produtores precisam estar preparados. Todo algodão produzido passa por um processo de beneficiamento, onde é encaminhado para uma algodoeira e separado do caroço. Esse caroço pode ser consumido para nutrição animal e óleo vegetal e a pluma comercializada. De cada fardo da pluma sai uma amostra, onde é feito o controle de qualidade. O mercado paga de acordo com as características”, destaca.