
Levar água de qualidade e melhorar o tratamento de esgoto em regiões historicamente deixadas de lado deve estar no centro das ações da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul (Agems) a partir do próximo ano. A avaliação é do diretor-presidente do órgão, Carlos Alberto de Assis, que defende a ampliação do olhar da regulação para além dos grandes centros urbanos.
“O esgoto impacta diretamente a saúde das pessoas”, afirmou Assis, ao destacar que a meta passa por alcançar assentamentos, comunidades quilombolas e aldeias indígenas.

Segundo ele, a universalização dos serviços só acontece quando todas as populações entram no radar das políticas públicas, inclusive as que vivem fora do eixo urbano tradicional.
A fala reforça um debate cada vez mais presente no Estado: a desigualdade no acesso ao saneamento básico e seus reflexos na saúde pública. Em muitas dessas comunidades, a ausência de água de qualidade tratada e coleta adequada de esgoto ainda é realidade, o que aumenta o risco de doenças evitáveis.
Assis também ressaltou o papel da regulação no cotidiano da população, mesmo quando ela passa despercebida. Para ele, garantir padrões de qualidade nos serviços públicos é uma forma silenciosa, porém decisiva, de melhorar a vida das pessoas.
Regulação e Investimentos no Saneamento Básico
A proposta da Agems para o próximo período é usar a regulação como ferramenta para induzir investimentos e cobrar resultados, especialmente onde a infraestrutura ainda não chegou. A expectativa é que o tema ganhe mais espaço nas discussões sobre políticas públicas no Estado ao longo do próximo ano.