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CBN Campo Grande

Responsável por 36% de toda a bacia pantaneira, Rio Taquari enfrenta assoreamento há mais de 40 anos

Diante de desastre ambiental, diversas ações de restauração começaram a ganhar força através do Instituto Taquari Vivo

No Alto Taquari, há cerca de 3.000 voçorocas, espaços abertos no processo de erosão - Foto: Observatório do Pantanal
No Alto Taquari, há cerca de 3.000 voçorocas, espaços abertos no processo de erosão - Foto: Observatório do Pantanal

O Rio Taquari, considerado um dos mais importantes e que permeia os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, tem passado por restauração, diante dos processo de erosão, assoreamento e arrombamento nos últimos 40 anos. Segundo o Instituto Taquari Vivo, entidade que desenvolve ações para conter a degradação ambiental, o objetivo inicial dos trabalhos foi entender as causas e impactos socioeconômicos no rio, que hoje é responsável por 36% de toda a bacia pantaneira.

Durante entrevista ao programa CBN Agro deste sábado (3), o diretor do ITV, Renato Roscoe, destacou quais são os principais problemas. “Não adianta tentar fazer algo pelos sintomas e sim buscar as causas. O rio drena um planalto muito arenoso e por isso, naturalmente traz muitos sedimentos ao Pantanal. Os arrombados mais conhecidos no período histórico foram o “Zé da Costa e Caronal, sendo o último de grandes dimensões. Cerca de 100% do rio chega nesse arrombado”, explica.

Ainda conforme a análise de Roscoe, em 1996 o "arrombado do Caronal" possuía apenas três metros, “um buraquinho”, hoje a área já está com 120 metros. “O rio passou todo para o lado direto e do lado esquerdo ele abandonou 150 km de leito, ou seja, temos 150 km de leito de rio seco, onde sobrevoando, parece uma estrada de areia. Do outro lado temos 650 mil hectares alagados permanentemente”, analisa Renato, detalhando também que todo o proceso mudou com a falta das cheias no Pantanal. 

Ao longo do bate-papo você pode conferir quais ações veem sendo adotadas pelo ITV em parceria como o governo do estado e outras instituições, para de fato, reestruturar a bacia hidrográfica, além de questões como o tratamento do solo. Acesse o site da instituição https://taquarivivo.org/. Assista a entrevista: