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ENERGIA & FUTURO

Setor solar reage e defende geração distribuída como solução para futuro energético

Painéis solares em telhado residencial sob céu azul
Painéis solares representam democratização da energia e protagonismo do consumidor brasileiro. Foto: Gerada por IA

O setor de energia solar respondeu aos recentes acontecimentos contra a Geração Distribuída (GD), acusada de elevar tarifas e desequilibrar o sistema elétrico. Frentes estaduais, ABSOLAR, ABGD, INEL e o Movimento Solar Livre denunciaram campanha de desinformação promovida por distribuidoras e grandes consumidores, reafirmando que o consumidor é protagonista da transição energética, não um vilão.

Sob a bandeira “Energia Justa”, grupos como ABRADEE, ABRACE e APINE pressionaram o Congresso e a ANEEL para restringir direitos dos investidores em energia própria. Eles alegam que a GD gera subsídios cruzados e beneficia apenas famílias de alta renda. Contudo, representantes do setor solar argumentam que o verdadeiro problema é a falta de planejamento e investimentos em infraestrutura.

Em nota protocolada na ANEEL, as entidades de energia solar destacaram que redes e linhas de transmissão obsoletas resultam de obras tardias e decisões estratégicas inadequadas.

“A energia solar fotovoltaica na modalidade de GD está longe de ser vilã. O que ameaça o equilíbrio é a falta de planejamento”, afirmou Germano Caires, presidente da Frente Sul-Mato-Grossense de GD.

Segundo Caires, distribuidoras criticam a GD popular enquanto exploram o mesmo modelo para lucro próprio. Ele citou o grupo Energisa, que criou a (re)energisa para vender energia solar por assinatura usando geração distribuída.

“Eles usam a rede para seus negócios, mas querem impedir famílias e produtores de conquistar independência energética. Isso não é energia justa, é monopólio disfarçado”, reforçou.

Impacto da Geração Distribuída e a Transição Energética

As entidades alertaram que limitar a GD ameaça a democracia energética e mantém consumidores presos a um sistema ultrapassado. Caires concluiu:

“O Brasil não pode retroceder por causa do lobby de quem lucra com a dependência do consumidor. A transição energética já é irreversível”.