
As unidades de urgência, emergência e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Campo Grande enfrentam um cenário de desabastecimento de medicamentos, insumos básicos e materiais indispensáveis aos procedimentos de rotina. A falta dos itens essenciais tem comprometido diretamente o atendimento, e causa atraso de procedimentos, sobrecarrega as equipes de enfermagem e eleva o risco de falhas em situações que exigem resposta rápida.
O Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso do Sul (Coren-MS) divulgou Nota Pública que alerta a gravidade da situação e cobra providências urgentes da Prefeitura de Campo Grande. O órgão destaca que a má gestão de insumos, aliada ao dimensionamento inadequado das equipes, aprofunda a crise e expõe profissionais e usuários a riscos evitáveis.
A entidade também aponta que medidas recentes da administração municipal, como a supressão de gratificações e a ausência de um secretário de Saúde nomeado, dificultam avanços e deixam o sistema ainda mais vulnerável.
Profissionais relatam que a escassez atinge desde materiais simples, como luvas e seringas, até medicamentos fundamentais para estabilizar pacientes em quadros emergenciais. A ausência desses recursos afeta tanto o fluxo de atendimento quanto a segurança de quem trabalha e de quem depende do serviço público de saúde.
A situação também tem contribuído para o aumento da pressão sobre os trabalhadores, que muitas vezes precisam improvisar, lidar com reclamações e enfrentar situações de tensão. De acordo com técnicos e enfermeiros, esse ambiente fragilizado causa desgaste físico e emocional, além de ampliar a vulnerabilidade de pacientes que chegam às unidades em busca de atendimento imediato.
O Coren-MS reforça que o desabastecimento precisa ser tratado com prioridade absoluta, uma vez que compromete a execução de procedimentos básicos e ameaça a segurança de toda a rede.
Confira a nota na íntegra:
