As autoridades paraguaias transferiram 42 presos do “Centro Penitenciário de Reintegração Social Martín Mendoza”, em Assunção, depois da descoberta de celas de luxo dentro do presídio. A operação, deflagrada na últimas sexta-feira (22), teve como objetivo desarticular esquemas que favoreciam determinados internos.
De acordo com o Ministério da Justiça do Paraguai, foram encontradas estruturas irregulares que ofereciam conforto acima do permitido, como televisores, aparelhos de som, eletrodomésticos e até áreas privadas. Os espaços eram ocupados por presos ligados a facções criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e à lidera do narcotráfico.
Conforme divulgado pela imprensa paraguaia, os presos pagavam até três milhões de guaranis por mês, que equivalem a aproximadamente R$ 2.250,00, para manter cama, sofá, mesa, frigobar, televisão, ar-condicionado, cozinha mobiliada, celular, geladeira, freezer para estocar carne e até mesmo banheira de hidromassagem.
As “celas de luxo” foram montadas em dois andares construídos precariamente na parte superior do pavilhão. Segundo o governo paraguaio, a medida busca restabelecer a ordem e combater práticas de corrupção dentro do sistema prisional.
As celas de luxo eram administradas por um detento de confiança da direção da penitenciária. A operação culminou do afastamento do diretor da unidade, Humberto René Gómez, e do tio dele e diretor de segurança do presídio, Alipio Gómez, que foi removido do cargo.