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Abadá Capoeira promove alunos

Batizado e a Graduação transformam-se em instrumentos antipreconceito, segundo professor

Mestre ?Baratta? (esq.) acredita que a cada ano o evento da Abadá Capoeira fica maior -
Mestre ?Baratta? (esq.) acredita que a cada ano o evento da Abadá Capoeira fica maior -

A Associação Brasileira de Apoio e Desenvolvimento da Arte, ou simplesmente Abadá Capoeira promove novos alunos (batizado) e também troca de cordas (graduação) no próximo dia 9 de junho, às 18h30. O evento será realizado no anfiteatro do Sest/Senat, no Jardim Alvorada.

O Batizado é um evento ou festa no qual a criança ou adulto entram pela primeira vez, oficialmente, numa roda de capoeira. Não é exigência de uma grande performance, segundo o professor José Augusto Dias, “Baratta”. “Este é o momento em que o aluno sente toda a magia do mundo da capoeira”, comenta o mestre.

Nesta, que será a quinta edição do Batizado e Troca de Cordas, 40 crianças de Três Lagoas, que fazem parte dos projetos e academias da associação, mais 15 universitários do 5º período de Educação Física da AEMS, participam da festa. “Isso é fruto da conquista deles, ou seja, a graduação acontece pelo desenvolvimento físico, cognitivo, disciplinar e socioeducativo de cada um dos alunos”, comentou Baratta.

A Abadá Capoeira está presente em todo o território nacional e em mais de 50 países, ensinando não somente a cultura local, mas difundindo também a língua portuguesa. “Este evento marca vários objetivos alcançados. Não somente o desenvolvimento técnico dos alunos e todos os benefícios que a arte da capoeira propicia aos seus praticantes”, destaca.

Ainda segundo o professor, a cada edição a festa fica ainda maior. “As fronteiras vão sendo transpassadas com um intercâmbio cultural de universitários e crianças dos projetos ou de academias particulares. Construímos cidadãos com a capoeira, que é uma luta genuinamente brasileira e que faz parte do sistema de ensino da Abadá Capoeira”, comemorou.

PRECONCEITO
O Batizado e a Graduação também se transformam em instrumentos antipreconceito. “Esse evento iguala e nivela as pessoas [vestidas] de branco e com pés no chão. Sem distinção de raça, cor e credo e em um único objetivo. Isso não tem preço”, vibrou o capoeirista.

“É consequência de um trabalho sólido e organizado, com metodologia e filosofia da Abadá Capoeira, que procura contribuir para a formação de valores humanos e étnicos baseados no respeito, na socialização e liberdade, através de trabalhos que valorizam a cultura brasileira, tudo isso buscando fortalecer e engrandecer o capoeirista no seu caráter, dignidade e valorização pessoal”, finalizou Baratta.