O Comercial de Três Lagoas está inscrito na Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS) como equipe profissional e tem estatuto registrado em cartório. Em 1995, chegou a disputar o campeonato da série A. Depois, contraiu dívidas e acabou encerrando suas atividades, até retornar no início da década de 2000, mas em competições amadoras. Ao contrário do que chegou a ser divulgado no site da FFMS nesta semana, a equipe não vai disputar a “segundona”, em 2012.
A falta de recursos financeiros impede que o clube três-lagoense ingresse novamente em competições profissionais. “Se o Misto, que está na primeira divisão, tem dificuldades como o Comercial, na segunda, vai receber alguma verba?” questionou o presidente do clube, João Torres. Ele contou que as despesas são muito altas. “São R$ 4 mil de anuidade que temos de pagar à federação, mais R$ 622 por inscrição de cada atleta. Se inscrevo 30, que é o mínimo para um time profissional, são quase R$ 20 mil só em inscrições! Pesa muito, não tem como”, explicou o dirigente.
Além dos custos citados, há outros que inviabilizam a participação na série B. “Se eu quiser transferir um jogador de outro estado para MS, são mais R$ 1,5 mil, por transferência. São taxas absurdas e abusivas. Fora isso, ainda há o departamento médico, que gasta muito com médico, massagista, remédios, faixas… É tudo muito caro”, frisou Torres.
FUTURO
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“Para o futuro, quem sabe”, respondeu João Torres, questionado se tem intenção de algum dia retornar às competições profissionais. Para isso, o mandatário comercialino depende do Misto. “Se eles forem bem, não caírem para a série B, se a diretoria adquirir credibilidade e conseguir uma boa verba em 2013, quem sabe não fazemos um projeto e solicitamos um valor para o Comercial também?”, previu.
ERRO
João Torres não quis criticar o site da federação por colocar o time como um dos confirmados na segundona deste ano. Porém, fez questão de negar. “Não conversei com ninguém da federação, nem cogitei disputar o estadual. Colocaram palavras na minha boca”, salientou. João encerrou dizendo que se trata de um “chamariz” da entidade para atrair as equipes para as suas competições.
