Logo no início das quartas de final entre Santos e Mogi Mirim, neste domingo, na Vila Belmiro, o lateral-direito Edson Ratinho conseguiu o que poucos adversários de Neymar fazem: desarmou o craque. De passagem pelo camisa 11, o jogador recriminou o atacante por ter caído no chão. Na hora, o santista procurou o árbitro Flávio Rodrigues Guerra para reclamar, mas não foi atendido. Então, passou pelo adversário prometendo driblá-lo e fazendo sinal com a mão de que Ratinho estava "falando demais".
No lance seguinte, a promessa foi cumprida. Neymar partiu pela esquerda, driblou Edson Ratinho, que fez falta e levou amarelo. Os dois chegaram a discutir e Neymar, irônico, mandou um beijo seu marcador. Depois, quando o camisa 11 deu assistência que resultou no gol de cabeça de Maranhão – o primeiro da vitória santista por 2 a 0, o craque vibrou em direção as defensores do Mogi.
– Ele (Eduardo Ratinho) está empolgado. Eu não ligo, não. Ele fala muito e eu falo pouco. Jogo meu futebol e ele ficou pendurado – afirmou, ainda no intervalo da partida.
Endiabrado, o astro foi decisivo a favor do Santos: marcou o segundo gol, em bela jogada individual, e protagonizou os principais lances de perigo. Prevendo que Ratinho seria expulso, o técnico Guto Ferreira substituiu o lateral por Luiz Felipe no intervalo.
– Desde o começo do jogo o Ratinho falou que eu não iria fazer nada, nem iria jogar. Fez pressão em cima de mim. Na hora que fiz o gol, desabafei – explicou o craque após o jogo.