O papa Bento 16 recebeu neste sábado mil pessoas que participaram do Mundial de Esportes Aquáticos em Roma. Ele disse que os nadadores são modelos para os jovens, e que seus sacrifícios e privações podem ser exemplos para construir um futuro melhor.
"São campeões no esporte e na vida", disse o papa aos nadadores, de vários países, aos quais recebeu na residência de Castelgandolfo, cerca de 30 quilômetros ao sul de Roma.
Entre os presentes estavam o alemão Paul Biedermann, que venceu o americano Michael Phelps nos 200 metros livres na última quinta-feira, e a italiana Federica Pellegrini, que ganhou duas medalhas de ouro.
Apesar de Phelps ter sido convidado, ele teve que faltar à audiência para descansar antes da disputa deste sábado.
O pontífice ressaltou que, com suas competições, os atletas oferecem ao mundo "um espetáculo de disciplina e de humanidade, de beleza artística e de tenaz vontade".
"Mostrem a que metas pode dirigir a vitalidade da juventude, quando não se rejeita a fadiga dos duros treinamentos e se aceita não poucos sacrifícios e privações. Tudo isso é também para seus contemporâneos uma importante lição de vida", afirmou o papa.
Bento 16 acrescentou que, assistindo a esta competição, foi possível comprovar "a grande potência que Deus deu ao corpo humano e os interessantes objetivos de aperfeiçoamento que podem ser alcançados".
"Como não agradecer ao Senhor por ter dotado o corpo humano de tanta perfeição, por tê-lo enriquecido de uma beleza e de uma harmonia que podem ser expressadas de tantas maneiras", disse o papa, lembrando que a Igreja considera o esporte um meio para a formação perfeita e equilibrada do ser humano.
O papa defendeu a prática esportiva que, disse, pode favorecer nos jovens "valores tão importantes quanto a lealdade, a perseverança, a amizade, o compartilhar e a solidariedade".
A linguagem do esporte, acrescentou o papa, "é universal e alcança especialmente as novas gerações".
Bento 16 se mostrou convencido de que as mensagens positivas através do esporte contribuem para construir um mundo "mais fraternal e solidário".