A impressão que dá é que a partida Misto x Corinthians, iniciada em 2009, pela Copa do Brasil, ainda não acabou. A polêmica da prestação de contas está de volta. E foi levantada pelo presidente do clube, Jamiro Rodrigues, que pode ser indiciado por apropriação indébita de dinheiro do “Carcará”.
O processo ocorre por conta de uma denúncia feita ao Ministério Público Estadual em que o dirigente teria desviado uma parcela e depositado para uma conta particular. Miro disse estar tranquilo e afirmou que “estão querendo tumultuar o ambiente do Misto às vésperas da estreia no estadual”.
Ele contou que existia uma dívida em 2009 junto à Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS) no valor de R$ 50 mil e mais R$ 9 mil em dívidas diversas, como supermercado e outros fornecedores. A saída para quitar os débitos seria o dinheiro que a CBF envia para as equipes que disputam a Copa do Brasil, cerca de R$ 67 mil.
Miro explicou o motivo da denuncia. “Eu repassei, desse dinheiro, R$ 50 mil para a federação e depositei R$ 9 mil em minha conta particular. Esse foi o erro que cometi, mas foi para retirar depois e pagar as dívidas que o clube tinha na praça. Foi tudo comprovado com notas fiscais depois. Não tenho medo nenhum”, frisou.
PROCESSO
Segundo o presidente do inquérito, o delegado Vitor Lopes, da Delegacia Regional, o Ministério Público tem cerca de 30 dias para se posicionar em relação ao caso. “Ele pode oferecer denúncia, pedir arquivamento ou devolver à delegacia, solicitando outras investigações”, explicou.
CORINTHIANS
Questionado sobre o valor de R$ 160 mil, que consta no processo, Miro afirmou desconhecê-lo. “O que expliquei em depoimento foi o que já informei. Fora esses valores, eu desconheço. Gostaria que o MPE pedisse a prestação de contas do jogo Misto x Corinthians, que até hoje não foi feita”, salientou, frisando que não era o responsável pela prestação de contas à época.
POSIÇÃO
Miro deixou claro que ainda não foi informado oficialmente da conclusão do inquérito e só irá tomar as providências necessárias após a decisão do MPE. “Minha consciência está tranquila”, finalizou.