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Seleção decepciona, torcedores dão show

O jogo foi prestigiado por aproximadamente 29 mil torcedores, sendo 22 mil deles pagantes

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O sul-mato-grossense que compareceu ao Estádio Morenão, em Campo Grande, na noite de ontem, deixou a torcida frustrada.  Depois de 18 anos -quando o Brasil também terminou empatado com o Paraguai: 1 X 1 – a Seleção Brasileira lutou, manteve a posse de bola na maior parte do tempo, mas deixou o gramado no 0 a 0, na despedida das Eliminatórias da Copa do Mundo 2010.

O jogo foi prestigiado por aproximadamente 29 mil torcedores, sendo 22 mil deles pagantes. Na torcida, muitas pessoas de Três Lagoas também faziam a festa. Dezenas de três-lagoenses deixaram o trabalho mais cedo e seguiram para a capital sul-mato-grossense, a 339 quilômetros de distância, para acompanhar de perto a equipe de Dunga. Entre eles, estava o administrador de empresas, Eduardo Milanez, 33 anos e seu pai, Eduardo Antonio Milanez, 61 anos, que é professor de Educação Física. Os dois entraram no estádio do Morenão por volta das 16 horas. No intervalo do jogo, ele conversou com a reportagem por telefone. “A festa aqui está muito grande. Têm mais de 20 mil pessoas, com certeza, todos muito animados. O primeiro tempo foi um pouco parado. O Brasil ficou muito no meio campo, mas vamos melhorar no segundo tempo”, disse o administrador de empresas, quase aos gritos por conta da torcida, que mesmo com a bola parada, não desanimou.

Em meio à torcida animada no Morenão, o administrador conta que foi a Campo Grande com um grupo de oito pessoas e tinha um motivo à mais para vibrar pelo jogo. Esta foi a primeira vez que o administrador assistiu a um jogo do Brasil. “Esperava ver o Adriano em jogo, mas estamos bem, temos o Kaká, que vem fazendo um bom jogo. E vamos festejar. Independente do resultado, teremos festa. Já estamos com a vaga para a Copa do Mundo garantida”.

Tomara que a maioria dos torcedores tenha pensado como Eduardo. No final do jogo, apesar do resultado, Eduardo Milanez afirmou que valeu a pena ter assistido a partida. “O importante é que os torcedores fizeram a festa”, afirmou.

A DISPUTA

A Venezuela veio determinada a não tomar gols, e o Brasil, a fazer um grande jogo em casa. Com estes objetivos, o primeiro tempo da última disputa da seleção brasileira nas Eliminatórias da Capo do Mundo foi considerado “morno” no Morenão. O Brasil teve cinco finalizações, contra três da Venezuela.

O primeiro tempo também foi marcado por dois cartões amarelos. O primeiro a ser advertido foi o lateral venezuelano Chacón. Em seguida, Luis Fabiano entra de maneira imprudente em uma jogada e também é punido.

Aos 39 minutos, a torcida levantou da arquibancada com um possível pênalti. Luis Fabiano teria sido “derrubado” – fato que gerou dúvida – pelo goleiro Vega dentro da grande área, mas o árbitro Victor Carrilho não marcou e não expulsou o artilheiro brasileiro.

O Brasil retornou ao gramado do Morenão decidido a vencer o jogo. As tentativas começaram com Luis Fabiano, logo aos três minutos do segundo tempo, mas foi desarmado. Quatro minutos depois, Gilberto Silva cabeceou e a torcida chegou a vibrar com a possibilidade do primeiro gol da partida, mas a bola bateu na trave. Aos dez minutos, a situação do Brasil piorou: Miranda colocou o braço no rosto de Maldonado e foi expulso do campo.

Ramires ainda assustou o goleiro Vega, mas não passou de susto. Aos 20 minutos, foi a vez do Luis Fernando. Maicon cruzou e Luis Fabiano bateu para o gol, mas Vega defendeu novamente.

Depois da segunda mexida no time venezuelano, o Brasil também resolve fazer mudanças. Antes da partida terminar, Kaká acertou a trave do goleiro venezuelano e a bola passou por sobre linha e foi para a linha de fundo. Quase aos 49 minutos, o arbitro encerrou a partida: 0 a 0.