Quem viaja por Mato Grosso do Sul já deve ter visto animais mortos na beira da rodovia. A cena, infelizmente, é comum no estado que tem números preocupantes de acidentes envolvendo animais silvestres. Entre 2017 e 2020, foram mais de 10 mil animais atropelados.
Os dados são do Instituto Conservação de Animais Silvestres (ICAS). O ICAS monitora as rodovias federais e estaduais de MS em busca de possíveis acidentes. “Isso é muito importante porque nos permite definir onde são os locais com mais atropelamentos de uma espécie, que a gente chama de Hotspots. Isso nos ajuda a entender quais são os trechos mais perigosos. Ou seja, a gente consegue prever as localidades”, explica o presidente do Icas, Arnaud Desbiez
Nos últimos 30 dias, 5 pessoas morreram em colisões com antas, na BR-262 e na MS-040. Essas duas rodovias, além BR-267, representam cerca de 80% dos acidentes com antas em Mato Grosso do Sul. Mas, segundo Arnaud, outras rodovias, como a BR-163, também são perigosas, tanto para os animais, quanto aos motoristas.
Uma possível solução para esse problema, é a instalação de cercas para guiar os animais até pontos seguros de passagem. Pensando nisso, a Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul), criou em 2021 o programa Estrada Viva, que força o monitoramento nas rodovias e realiza ações para diminuir o número de acidentes.
Ouça a reportagem completa, que foi ao ar no Jornal CBN Campo Grande desta sexta-feira (19):