A lentidão nos atendimentos à população na Santa Casa de Misericórdia de Paranaíba tem gerado inúmeras reclamações de pacientes. Em um dos casos, uma paciente relatou ter chegado à unidade por volta das 13h, porém, até às 17h20 não havia recebido atendimento. Pacientes também compartilharam vídeos em redes sociais para demonstrar a indignação.
De acordo com a dona de casa Mislene Santana, que sofre de hipertensão e problema cardiovascular, ao passar pela triagem da Santa Casa acabou recebendo a pulseira verde, que são para casos de não urgência, com tempo de espera de 120 minutos, entretanto, diante da demora acabou retornando para sua residência e posteriormente voltou para receber atendimento no hospital. “Viram que meus batimentos estavam baixos, mesmo assim, colocaram a pulseira verde e o atendimento demoraria um pouco. Falei para meu esposo para irmos embora”, disse.
Ainda de acordo com a dona de casa, por volta das 17h uma equipe da Polícia Militar, foi acionada a comparecer no hospital, para garantir o atendimento de uma criança em estado de convulsão, porém, somente a criança ainda havia recebido atendimento nesse período. “O médico atendeu somente a criança com convulsão, durante umas quatro horas ele [médico] ficou sem chamar”, relatou.
Diante da repercussão das reclamações e os inúmeros compartilhamentos em redes sociais e grupos de WatsApp, o presidente da Santa Casa de Misericórdia de Paranaíba, Jair Alves de Souza, em entrevista concedida a Cultura Fm 106,3, disse que o episódio foi atípico, e que os médicos da unidade realizam os atendimentos no Pronto Socorro, e quando são chamados para atendimentos internos mais complexos acabam tendo que deixar os outros pacientes. “Raramente acontece esse tipo de coisa, quando acontece, não há hospital no mundo que atenderá normalmente”, ponderou.
Ainda de acordo com o Jair Alves, a Santa Casa, em dias normais não há reclamação de pacientes, e o atendimento é realizado normalmente, porém, quando há acontecimentos como esses os atendimentos serão afetados. Jair reiterou também que em casos mais simples a população deverá procurar um posto de saúde, para caso constado algo mais grave seja encaminhado ao hospital. “Quando há problema como esse vai acontecer atrasos”, finalizou.