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Dúvidas e dor

Motorista envolvido em capotamento que matou Beatriz segue foragido: 'Era amigo da família', lamenta mãe

Em entrevista ao portal RCN67, a mãe afirmou que o sumiço aumenta a dor e as dúvidas da família. Ela também diz estranhar o fato de o pai do rapaz não atender mais as ligações, já que todos eram amigos

Beatriz e Daiane compartilhavam rotina de trabalho e lazer; o motorista foragido e o pai eram amigos da família há muitos anos - Foto/Reportagem
Beatriz e Daiane compartilhavam rotina de trabalho e lazer; o motorista foragido e o pai eram amigos da família há muitos anos - Foto/Reportagem

O motorista do veículo VW Parati que capotou na BR-497 e resultou na morte de Beatriz de Souza Santos, de 22 anos, no último sábado (20), segue foragido, segundo informações apuradas por pessoas ligadas ao caso. O acidente ocorreu no trecho da rodovia entre Paranaíba (MS) e a Ponte Alencastro, na divisa com Minas Gerais.

De acordo com relatos, um caminhoneiro que passava pelo local logo após o acidente teria visto o condutor correndo desorientado pela rodovia. Alguns quilômetros adiante, o motorista informou o fato a policiais que estavam nas imediações. O homem que dirigia o carro era amigo da família da vítima.

Em entrevista ao portal RCN67, a mãe de Beatriz, a cabeleireira Daiane Souza, afirmou que a ausência do motorista e a demora em se apresentar às autoridades aumentam a dor e as dúvidas da família. Segundo ela, o vínculo entre as famílias era próximo, o que torna a situação ainda mais difícil de compreender:

“O pai dele é muito amigo da família. Logo, ele também se tornou nosso amigo, de dentro de casa mesmo. Essa história já está nos intrigando. Qual o motivo de sumir? O que aconteceu que não estamos sabendo? Por que essa demora em aparecer e contar o que houve? Tem gente ajudando ele a se esconder? Estou transtornada”, disse.

Daiane também relatou estranhar o afastamento do pai do condutor foragido. Conforme a mãe da vítima, no dia do acidente, após a confirmação da morte da jovem, ele afirmou não saber onde o filho estaria. Dias depois, segundo ela, o contato entre as famílias teria sido interrompido, pois ele não atende mais as ligações de familiares da vítima:

“No dia do acidente, logo após a confirmação da morte da minha filha, o pai dele disse que não sabia onde o filho estava nem para onde teria ido. Hoje, três dias depois, ele não atende mais as nossas ligações. A dor que sinto é absurda.”

Sobre o possível paradeiro do motorista, a mãe de Beatriz disse acreditar que ele não esteja mais na região de Paranaíba e mencionou a existência de parentes do rapaz que moram próximos à divisa com o Paraguai.

“Na verdade, nem sei o que pensar. Sei que ele tem parentes que moram perto da divisa com o Paraguai. Às vezes, penso que pode estar por lá.”

Entenda o caso

Beatriz de Souza Santos foi arremessada para fora do veículo durante o capotamento e encontrada inconsciente pelo Corpo de Bombeiros. A equipe iniciou imediatamente manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) no local e manteve os procedimentos durante o transporte até a Santa Casa de Paranaíba, mas a jovem não resistiu.

O acidente ocorreu por volta das 12h20 de sábado (20), nas proximidades do posto fiscal, na BR-497. Segundo os socorristas, a vítima apresentava instabilidade nos sinais vitais no momento do atendimento.

As circunstâncias do capotamento seguem sendo apuradas pelas autoridades. Conforme as informações iniciais, o condutor do veículo deixou o local antes da chegada das equipes de emergência.