Até 2018 as delegacias da Polícia Civil não deverão mais custodiar presos em Mato Grosso do Sul. A meta foi estipulada na manhã desta terça-feira, em reunião realizada na sede da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), em Campo Grande, com objetivo de discutir as medidas a serem adotadas para a retirada dos presos das delegacias do Estado.
De acordo com informações do site Notícias MS, na reunião, conduzida pelo secretário de Segurança Pública, Sílvio Maluf, Delegacia Geral da Polícia Civil e Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul (Sinpol-MS) se prontificaram a elaborar um planejamento de curto, médio e longo prazos que resulte na retirada gradativa dos presos das unidades policiais. A ideia é que os presos sejam removidos para os presídios depois de concluídas as etapas de investigação e outros procedimentos da Polícia Civil.
Além disso, a Agência Estadual de Administração Penitenciária (Agepen) irá apresentar, dentro de 120 dias, outro plano para a absorção gradativa desses internos, visando a total retirada dos custodiados em delegacias até dezembro de 2018.
De imediato, a Coordenadoria da Vara de Execuções Penais irá determinar a remoção dos presos já condenados pela Justiça.
Na reunião, Maluf lembrou que a problemática de presos em delegacias é antiga e que a solução envolve diversos órgãos e setores, além de demandar tempo. De acordo com ele, o Estado está melhorando as estruturas e elaborando concurso para aumentar o número de agentes penitenciários. O concurso “será lançado muito em breve”.
MANIFESTAÇÃO
A reunião para discutir a permanência de presos em delegacias foi marcada depois que policiais civis aprovaram a entrega das chaves das celas em todo o Estado em protesto contra o desvio de função e falta de segurança para os profissionais. Recentemente, um policial civil foi morto em uma delegacia do Estado.
Até o momento, segundo informações do Sinpol, policiais civis de 31 municípios do Estado aderiram ao movimento. Da região do Bolsão, investigadores entregaram as chaves das delegacias de Água Clara, Chapadão do Sul (uma das primeiras a aderir ao movimento) e Bataguassu, deacordo com o sindicato.