Um grupo de voluntários de Paranaíba lançou, neste mês, uma campanha para ajudar na cobertura de gastos do tratamento de duas irmãs que sofreram um acidente de moto, em junho, em um bairro da cidade. O grupo vai promover um almoço dia 9 de setembro para tentar arrecadar R$ 12 mil – gasto estimado com exames, sessões de fisioterapia e consultas médicas.
Os convites estão sendo vendidos por amigos de Aline e Janaine Batista e na lanchonete Celinhu’s Beer (rua Rocha Dias, nº 380, bairro Santo Antônio) a R$ 30 para adulto e R$ 15 para criança. O cardápio é peixada, com início previsto para às 11h, no salão de festas do Sindicato Rural, no Parque de Exposições, na rua Theódulo Mendes Malheiros, nº 500, no Santo Antônio.
Aline, que pilotava a moto atingida por um motorista bêbado, dia 9 de junho, tem o quadro clínico mais grave e precisa de atendimento por especialista em neurocirurgia, além de tratamento para voltar a andar. Desde o dia do acidente ela usa uma cadeira de rodas para se locomover com a ajuda de parentes, mas passa a maior parte do tempo numa cama. Janaine sofreu uma lesão profunda na mão esquerda e já passou por duas cirurgias.
Bêbado
As gêmeas seguiam para a casa de uma madrinha quando a moto foi atingida por um carro dirigido por um motorista bêbado, na rua Etelvina de Jesus, cruzamento com a rua Brás Silva, dia 9 de junho deste ano, por volta das 6h30, perto de uma padaria, onde as irmãs haviam parado, no bairro Industrial de Lourdes. O motorista foi detido pela Polícia Militar após a constatação da embriaguez, e revelou que era ex-presidiário e que apenas três dias antes do acidente havia cumprido sentença judicial no regime semiaberto.
Elas lembram que ele falava a todo o momento que era presidiário, pedia calma e que iria a ajudar. Porém, a ajuda nunca chegou.
“Eu não tinha noção do que estava acontecendo. Eu percebi que era grave quando estava sendo colocada na ambulância para ser transferida para Campo Grande e vi todo mundo chorando, mas não sabia de fato o que estava acontecendo. Só depois que parei de tomar sedativos que comecei a entender o que tinha acontecido”, recorda Aline.
“Eu acho que as pessoas não dão importância a casos assim até acontecer com elas. É muito difícil quando a gente vê o dano que um acidente causa, com prejuízos emocionais e materiais. Na minha família tudo mudou”, disse. Cada sessão de fisioterapia que ela faz todos os dias custa R$ 70.
ACIDENTES
Só em junho deste ano, a PM pegou três motoristas bêbados dirigindo na cidade. Também houve duas quedas de moto em que os pilotos haviam bebido. No mês foram registrados nove acidentes com vítimas e 11 sem vítimas. Em todos os casos os condutores estavam embriagados.