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Brasil vai ajudar na operação de resgate de dois reféns das Farc

A senadora Piedad Córdoba, que é de oposição ao governo do presidente colombiano Álvaro Uribe, lidera as negociações com as Farc

O Brasil vai ajudar na operação de resgate de dois reféns das Forças Revolucionárias da Colômbia (Farc), com o apoio de helicópteros e militares, no próximo domingo (28). Especialistas informaram à Agência Brasil que a ação vai ser realizada em duas etapas – no domingo e na terça-feira (30).

A senadora Piedad Córdoba, que conduz as negociações, vai hoje (26) para São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, de onde sairão os helicópteros.

No final da tarde de hoje, o Exército da Colômbia, o Alto Comissariado pela Paz e o Alto Conselho de Reintegração se reúnem para definir os detalhes da operação. O responsável pelos acordos, por parte do governo, Frank Peal, disse que a ideia é definir a organização para a libertação dos reféns.

A ação vem sendo planejada desde o ano passado. O objetivo é resgatar o sargento Pablo Emilio Moncayo e o cabo Josué Daniel Calvo. Por orientação das Farc, a operação ocorrerá em dias e locais diferentes – um para cada refém. Segundo os observadores, Moncayo será resgatado primeiro, depois, Calvo.

Moncayo está em poder das Farc há 12 anos e Calvo, há 11 meses. Previsto no acordo anterior, o traslado dos restos mortais do major Julián Ernesto Guevara, morto em cativeiro, pode não ser efetivado. As informações mais recentes, de acordo com dados de especialistas à Agência Brasil, é que os guerrilheiros decidiram não enviar os restos mortais.

Os militares brasileiros vão ajudar no transporte dos reféns e depois retornam ao Brasil. Pelos dados de especialistas brasileiros, ainda restam 20 militares em poder das Farc.

A senadora Piedad Córdoba, que é de oposição ao governo do presidente colombiano Álvaro Uribe, lidera as negociações com as Farc. Há, ainda, o apoio do Comitê Internacional da Cruz Vermelha. Do lado brasileiro, participam diretamente da operação apenas militares. Mas as negociações foram orientadas pelo assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia.

De acordo com integrantes do governo do Brasil que participam das negociações, os militares brasileiros que atuaram nas primeiras tentativas de resgate foram elogiados pela técnica e agilidade no apoio logístico. Segundo os negociadores, o papel do Brasil é de sustentação técnica à operação.