Veículos de Comunicação

Oportunidade

Cinco réus do caso Alstom têm bens bloqueados

Do montante, R$ 9,8 milhões são de aplicações financeiras, das quais R$ 7,9 milhões eram apenas do lobista Romeu Pinto Jr.

Atendendo a um pedido do MPF-SP (Ministério Público Federal em São Paulo), a Justiça Federal determinou o bloqueio de bens de cinco dos 11 réus no processo criminal aberto sobre esquema de pagamento de propina pela Alstom a políticos e funcionários públicos do governo de São Paulo. Foi decretado o bloqueio de bens que somam mais de R$ 32 milhões. 

 
Do montante, R$ 9,8 milhões são de aplicações financeiras, das quais R$ 7,9 milhões eram apenas do lobista Romeu Pinto Jr. A medida da Justiça de travar as aplicações também atinge o ex-secretário Jorge Fagali Neto, José Geraldo Villas Boas, Sabino Indelicato e Jean Pierre Charles Antoine Courtadon. 
 
O Ministério Público federal havia denunciado 12 pessoas pelo envolvimento nos subornos, mas o juiz federal Marcelo Cavali considerou que o crime de um deles está prescrito. Eles são acusados de atuar num esquema segundo o qual a Alstom pagou R$ 23,3 milhões, em valores atualizados, para fornecer equipamentos para três subestações elétricas da Eletropaulo e EPTE (Empresa Paulista de Transmissão de Energia), em um contrato que ficou conhecido como Gisel, segundo o juiz. 
 
O suborno foi pago para a Alstom conquistar um contrato de R$ 181,3 milhões, também em valores correntes, de acordo com a acusação dos procuradores Rodrigo de Grandis e Andrey Borges de Mendonça. 
 
O juiz diz que Robson Marinho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado que está sob investigação do STJ (Superior Tribunal de Justiça), beneficiou a Alstom num julgamento de 2001.