Os filiados ao Partido dos Trabalhadores (PT) de todo o Brasil vão às urnas neste domingo (6) para escolher os novos dirigentes municipais, estaduais e nacionais. Em Três Lagoas, duas chapas disputam a presidência do diretório municipal, Reynoold Duarte, e Anésia Gonzales. O mandato da nova direção municipal será de quatro anos.
Com cerca de 1.300 filiados aptos a votar — aqueles que se filiaram até 28 de fevereiro —, a eleição promete movimentar a militância local. O pleito faz parte do Processo de Eleições Diretas (PED) do partido, realizado a cada quatro anos.
Renovação e mobilização
O professor Reynoold Duarte se apresenta com uma proposta de renovação interna. Filiado há mais de oito anos ao PT, ele afirma que o partido precisa se adaptar às novas conjunturas políticas e fortalecer a presença da esquerda no município e no país. “Nosso projeto é de renovação, com respeito à história do PT, mas com um olhar para as redes sociais, para a comunicação e para as novas realidades sociais. A eleição de 2026 será um grande desafio, e precisamos de um partido forte para reeleger o presidente Lula”, declarou.
Reynoold defende a construção de novas lideranças locais e o fortalecimento das bases. “Hoje temos uma representante na Câmara, a vereadora Maria Diogo, mas queremos ampliar esse espaço, com mais vereadores alinhados às pautas progressistas. Para isso, é preciso organização e participação da militância”, afirmou. Segundo ele, a chapa que encabeça representa uma tendência mais à esquerda dentro do partido, com compromisso firme com políticas públicas inclusivas e democráticas. “Queremos um PT acolhedor e respeitado, tanto local quanto nacionalmente”.
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Unidade e inclusão
Do outro lado da disputa está a professora e militante histórica Anésia Gonzales, filiada ao PT há mais de 30 anos. É a primeira vez que ela concorre à presidência do diretório municipal. Anésia defende a unidade do partido e a formação de novas gerações de militantes. “Com o apoio dos companheiros, senti que era o momento certo para contribuir mais diretamente. Nossa principal meta é a unidade do partido e a preparação dos jovens para assumirem essa luta no futuro. Afinal, não somos eternos”, afirmou.
A candidata destacou que o fortalecimento do partido passa pela base. “Vamos precisar estar muito organizados para 2026. Precisamos eleger mais deputados, senadores e garantir suporte ao governo federal. Mas sem deixar de lado as lutas das mulheres, da população negra, das comunidades LGBT e quilombolas”.
Anésia rechaça a ideia de que a disputa interna represente um racha. “Muito pelo contrário, acho que toda disputa é saudável. Depois da eleição, acredito que conseguiremos formar um grupo coeso, com todos trabalhando pelo mesmo ideal”. Ela também citou o trabalho da vereadora Maria Diogo como impulso para a militância local. “A Maria trouxe um gás novo para o partido, com sua disposição e luta. Isso nos anima a buscar ainda mais representatividade”, disse.
