
O superintendente Instituto Brasileiro de Meio Ambiente em Mato Grosso do Sul (Ibama/MS), David Lourenço, reuniu-se nesta semana em Ponta Porá com um grupo de técnicos do Instituto Florestal Nacional (INFONA) do Paraguai.
O objetivo deste inédito encontro de dirigentes de dois institutos de preservação ambiental foi discutir ações conjuntas, entre Brasil e Paraguai, para combater o contrabando de produtos florestais na fronteira dos dois países.
O alvo da fiscalização, que passará a ser mais rigorosa por parte das autoridades ambientais do Brasil e do Paraguai, será a comercialização e o transporte ilegal de produtos florestais como toras, madeira, lenha e carvão entre o estado de Mato Grosso do Sul e o Paraguai.
“Percebemos que esta é a grande preocupação das autoridades brasileiras e paraguaias”, manifestou David Lourenço, que estava acompanhado de um grupo de técnicos do Ibama/MS.
Ele informou que a proposta é retomar e atualizar o acordo de cooperação assinado pelos dois países em julho de 1996, que prevê ações conjuntas no combate ao tráfico ilícito de madeira e produtos florestais entre os dois países.
O secretário geral do INFONA, Francisco Galeano, e o superintendente do Ibama/MS se prontificaram acionar os Ministérios das Relações Exteriores do Brasil e do Paraguai para estabelecer um cronograma de ações conjuntas e novas regras de atuação no combate ao contrabando de produtos florestais.
David Lourenço informou que as autoridades paraguaias demonstraram estar preocupadas com a intensidade acelerada dos desmatamentos que vêm ocorrendo também naquele país. As autoridades paraguaias revelaram que cerca de 90% das áreas remanescentes da Mata Atlântica, existentes naquele país, estão em estágio avançado de desmatamento, uma área equivalente a metade do território do Paraguai, alertaram os técnicos ambientais.
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