A Polícia Militar Ambiental de Bataguassu irá focar no combate ao tráfico de animais silvestres neste feriado prolongado. A operação Padroeira do Brasil, que inicia-se às 6h de hoje e se estende até a próxima segunda-feira, terá como principal objetivo coibir, principalmente, o tráfico de papagaios.
Segundo o comandante da PMA, o tenente Antônio Messias Rosseto, a ação, além da fiscalização fluvial, irá atuar em duas frentes: fiscalizações em propriedades rurais – em busca de possíveis criadouros – e também barreiras em rodovias, principalmente a BR-267, hoje principal rota para os contrabandistas de animais.
“Hoje, Bataguassu e região têm sido uma das principais rotas para o tráfico de animais silvestres de Mato Grosso do Sul para Estado de São Paulo e outros. Neste ano, não tivemos grandes apreensões. Em contrapartida, nos anos anteriores chegamos a apreender até 107 filhotes de papagaios em uma única ação”. A apreensão citada pelo oficial aconteceu em 2011, na BR-267.
Já neste ano, explicou o tenente, que o volume maior tem sido o de entregas voluntárias. Em média, a PMA recebe de cinco a sete aves entregues pela população. Entre as espécies, Rosseto destaca os papagaios (líder dos criadores), tucanos e araras. “Hoje, a entrega voluntária é uma boa alternativa para quemquer cumprir a lei. Quem entregar a ave de forma espontânea, não receberá punição”, lembrou.
Nesta terça-feira, um morador entregou um tucano adulto à PMA. O animal, bastante domesticado, foi encaminhado ao Centro de Recuperação de Animais Silvestres (Crase), em Campo Grande, onde será reabilitado e devolvido à natureza.
REGIÃO
Além de Bataguassu, a operação deverá se estender aos municípios de Anaurilândia e Santa Rita do Pardo, também atendidos pela PMA comandada por Rosseto, e Brasilândia. O número de policiais que serão empenhados não foi divulgado. Entretanto, a ação contará com todo o efetivo local, incluindo policiais que estavam de folga ou férias.
Em todo o Estado, a operação Padroeira do Brasil deverá envolver um efetivo de 350 policiais ambientais. Em nota, o comandado da PMA informou que este período do ano é considerado crítico em relação ao tráfico de papagaios.
Nesses meses, acontece o período de reprodução do papagaio, hoje a espécie mais traficada em Mato Grosso do Sul.
