O presidente da Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, detalhou hoje (22) para o governo as previsões de crescimento de 1,1% no setor em 2014, em comparação ao último ano, segundo relatório da entidade divulgado no início do mês. Moan esteve reunido pela manhã com o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, e também fez um balanço dos resultados do setor em 2013.
Oportunidade
Presidente da Anfavea diz que crescimento do Brasil vai superar previsão do FMI
Com relação ao relatório do Fundo Monetário Internacional, que reduziu de 2,5% para 2,3% as expectativas de crescimento do Brasil para 2014, Moan enfatizou que não concorda com a previsão. “Tanto é que a formação bruta de capital [investimentos] este ano vai ser surpreendente, e será crescente nos próximos anos. Quero lembrar que as últimas concessões foram feitas e os últimos leilões da parte de infraestrutura foram extremamente positivos”, avaliou.
Sobre 2013, Moan disse que “foi um ano excepcional para o setor, com recordes tanto no setor de autoveículos quanto no de máquinas, incluindo as vendas”.
O dirigente lembrou que, no caso do setor de máquinas, o resultado foi o recorde absoluto de comercialização no Brasil, com mais de 80 mil unidades. Na área de autoveículos, houve queda de 0,9% em comparação a 2012, mas mesmo assim, ressaltou, dentro de um patamar muito alto.
Moan também disse esperar que o governo dê resposta, ainda neste primeiro semestre, a algumas reivindicações do setor, como o Inovar-Autopeças, Inovar-Máquinas e Exporta-Auto. “No caso do Exportar-Auto, existem vários grupos formados para realizar os estudos dentro do governo”, informou.
De acordo com ele, o mecanismo que faltava para essas definições foi publicado na Medida Provisória 638, que trata, entre outros temas, da rastreabilidade. De acordo com a norma, publicada segunda-feira (20), os fornecedores de insumos estratégicos e de ferramentas para as empresas habilitadas ao Inovar-Auto e seus fornecedores diretos ficam obrigados a informar os valores e outras características dos produtos fornecidos.
“A rastreabilidade é primordial no programa de autopeças. Estamos caminhando bem, assim como a conjuntura”, garantiu.