O presidente da Eldorado Brasil, José Carlos Grubisich, se reuniu na manhã de ontem, com o governador André Puccinelli (PMDB) para cobrar agilidade do governo do Estado na liberação das licenças ambientais necessárias para a duplicação da fábrica de celulose de Três Lagoas. Grubisich aproveitou a visita do governador, que esteve ontem no município, e se reuniu com ele em uma sala do aeroporto para pedir agilidade na liberação das licenças ambientais para que a empresa possa dar início ao projeto de expansão da fábrica de celulose.
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Presidente da Eldorado cobra do governador agilidade para liberação de licenças ambientais
José Carlos Grubisich afirma que licenças são necessários para iniciar processo de ampliação da fábrica
“Eu vim falar para o governador sobre os projetos de crescimento da Eldorado aqui em Três Lagoas, sobre tudo do nosso programa de expansão. Hoje nós temos uma fábrica de 1,5 milhão de toneladas/ano, e temos projeto de fazer uma nova fábrica de 2 milhões de toneladas para operar a partir de 2017. Então, eu vim relatar isso para o governador, de como está o andamento do programa de expansão”, informou Grubisich, em entrevista ao Jornal do Povo.
O presidente da Eldorado conversou também com Puccinelli sobre o centro de tecnologia, assim como as obras de implantação de um novo viveiro na região.Grubisich destacou que já foi dada entrada nos pedidos das licenças ambientais, assim como a audiência pública para a apresentação do relatório de impacto ambiental já foi realizada com a comunidade. “O processo andou, apresentamos todos os projetos de estudo de impacto ambiental e, agora estamos aguardando as licenças para trabalharmos o projeto e a questão de financiamento das obras para que possamos pisar no acelerador para que a fábrica esteja pronta e operando no primeiro semestre de 2017”, salientou.
Grubisich negou que a Eldorado Brasil esteja passando por momentos difíceis e afirmou que, não existe nenhuma negociação de uma possível venda da fábrica para a Fibria, ou fusão entre as duas. “Até o momento não tivemos nenhuma conversa a respeito da possibilidade de fusão e nem venda. Tudo caminha bem na Eldorado e os resultados estão aparecendo. Em 2013, faturamosR$ 1,8 bilhão. Agora, já estamos trabalhando no processo de ampliação da fábrica”, reforçou.
DIFICULDADES
O presidente da Eldorado negou também que a empresa esteja encontrando dificuldades para conseguir recursos através de financiamentos para a duplicação da fábrica. “Temos uma linha em que solicitamos R$ 1,4 bilhões do FDCO, uma linha ligada às agências de créditos de exportações internacionais, e o próprio BNDES, que é um parceiro. Estamos caminhando com o levantamento de aumento de capital na Eldorado, assim como em relação às próprias linhas de crédito. Então, seguimos extremamente confiantes que o projeto vai andar”, destacou.
O empresário adiantou que os primeiros movimentos de terraplenagem devem começar a partir de maio desse ano. “Essa seria a primeira fase, para depois começar a construção física, prevista para o início de 2015 e, posteriorà operação que deve iniciar no começo de 2017”, adiantou.
PRIMARIZAÇÃO
Grubisich comentou que a Eldorado optou pela primarização de alguns serviços, ao invés da terceirização, como era realizado, assim que a fábrica entrou em operação. Ele informou que a própria Eldorado passou a fazer o serviço de plantio, colheita e transporte do eucalipto. Isso, segundo ele, reduz custos e melhora a competitividade. “Quando começamos, tivemos que contar com parceiros, foi uma fase importante e que não dava para fazermos tudo sozinhos, agora não, a empresa já está estabilizada. Investimos na compra de maquinários,equipamentos e também na contratação de funcionários”, destacou.