Mais da metade dos médicos do país (55%) está na Região Sudeste, o que equivale a um profissional para cada grupo de 439 habitantes. Na Região Norte, a proporção é de um médico para 1.130 pessoas, abaixo da média nacional, de um para 578. É o que mostra levantamento divulgado hoje (8) pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).
Os dados revelam que o número de médicos aumentou 27% nos últimos anos, passando de 260.216, em 2000, para 330.825, em 2009, mas a distribuição desses profissionais entre regiões, capitais e cidades do interior ainda é muito desigual.
Das cinco regiões, somente o Sudeste e o Sul apresentam média superior à nacional. No Sul, a relação é de um médico para cada 509 habitantes. As outras regiões estão abaixo da média nacional. Depois do Norte, o Nordeste tem a segunda pior proporção – um médico para 894 pessoas. Em seguida, aparece o Centro-Oeste, com 590 habitantes por médico.
As desigualdades permanecem quando é feita a comparação entre as capitais e o interior. Enquanto a capital paulista tem um médico para atender a 239 pessoas, em Roraima, apenas 15 médicos atuam fora da capital, Boa Vista. São 10.306 habitantes por profissional.
A melhor média é do Distrito Federal – um médico para cada 297 pessoas. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda como parâmetro ideal um médico para 1.000 habitantes.
O CFM defende a criação de planos de carreira de Estado como medida para impedir a má distribuição dos médicos e incentivar a ida desses profissionais para as cidades do interior.