A Vara da Infância e da Juventude de Paranaíba encerrou, nesta semana, a primeira etapa do projeto “Histórias que Salvam” para tentar coibir o ingresso de adolescentes no mundo do crime. O projeto foi desenvolvido pelo juiz da Vara, Cássio Roberto dos Santos, mediante à crescente criminalidade no município, com crimes envolvendo furtos, roubos, tráfico de drogas, homicídios e até latrocínios.
Maracaju
TJ implanta projeto para reduzir criminalidade em Paranaíba
Projeto ?Histórias que Salvam? visa mostrar aos adolescentes os riscos existentes no crime
Conforme informações do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ/MS), a ideia é incentivar os jovens a não seguir por caminhos ilícitos. O encerramento da primeira etapa do projeto foi realizado no Tribunal do Júri, com palestras de presos recolhidos no estabelecimento penal do município.
Ao todo, informou o TJ, o projeto será dividido em três etapas, para crianças e adolescentes de diferentes faixas etárias: de 8 a 9 anos, de 10 a 11 anos e de 12 a 13 anos. Os jovens participantes foram previamente selecionados, de maneira aleatória, pelo Conselho Tutelar, com a colaboração de escolas municipais e estaduais de Paranaíba. Os garotos compareceram ao evento acompanhados dos pais.
Em nota, o juiz explica que a divisão por faixa etária é necessária para que se tenha elementos de onde a mensagem foi melhor recepcionada. “Teremos como saber em que faixa etária tivemos melhores resultados, isto é, geramos uma reflexão mais profunda de tudo o que foi exposto pelos detentos”, completou.
Conforme o juiz, a ideia de elaborar o juiz surgiu ao perceber que a criminalidade está diretamente relacionada à desestruturação familiar. Além disso, o envolvimento com drogas tem se mostrado cada vez mais precoce e mais grave entre as crianças. Basicamente, o projeto prevê a realização de palestras ou depoimentos dosdetentos para dar um alerta aos menores e aos pais sobre as consequências de escolhas ruins. “Estão envolvidos na proposta internos que fazem um trabalho religioso no presídio com o pastor Paulo, que é uma das pessoas mais importantes para a realização do projeto porque nos auxiliou a escolher os detentos que se dispuseram a colaborar e contar suas histórias de vida”, complementou o juiz.
As datas em que deverão ocorrer as próximas etapas do projeto ainda não foram confirmadas pelo magistrado.
Entretanto, ele adiantou que já estão preparadas. Segundo o TJMS, ao final de cada dia de palestra, os adolescentes deverão responder a um questionário. Além disso, neste mês, essas famílias serão acompanhadas pela equipe de psicólogos e assistentes sociais. “Isso tudo será analisado em uma reunião que faremos dias para discutir como continuar o trabalho, em qual faixa etária teremos mais resultado, se o formato da palestra é adequado, o tempo de cada fala, enfim, se é necessário fazer algum ajuste”. (Com informações do TJMS)