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Três Lagoas

Aeronáutica interdita Aeroporto Municipal

Agesul garantiu que obras não interferem na segurança da pista

Obras estariam colocando em risco a segurança de pousos e decolagens de aeronaves -
Obras estariam colocando em risco a segurança de pousos e decolagens de aeronaves -

O Aeroporto Municipal “Plínio Alarcon” está proibido de receber voos particulares enquanto estiver em andamento as obras de reforma e adequação no espaço. A interdição, que completou dez dias neste domingo (13), foi uma determinação do Comando da Aeronáutica por questões de segurança. Após vistoria, o órgão entendeu que as obras de reforma e ampliação do aeroporto estão colocando em risco a segurança no pouso e decolagem de aeronaves por conta da presença de maquinários e servidores na pista.

A interdição foi confirmada pelo chefe regional da Agesul, em Três Lagoas, Dirceu Deguti, que fez ressalvas ao “risco” provocado pelas obras. De acordo com ele, houve uma mudança recente na fiscalização. Até então, as vistorias periódicas eram feitas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Porém, recentemente, passou a ser de responsabilidade do Comando da Aeronáutica. A interdição aconteceu na quinta-feira retrasada (3), quando a Agesul recebeu oficialmente a  Notam (sigla americana de alerta aos pilotos) informando que a pista de Três Lagoas não apresentava condições necessárias de segurança.
A existência de riscos foi negada pelo chefe regional.  “Nesta etapa, não há interferência na pista. A empreiteira que está realizando a implantação do alambrado em torno do aeroporto está trabalhando do lado de fora, longe da pista. A única obra que poderia ter ligação direta com a pista seria a via de acesso dos Bombeiros ao local, mas que já foi feita”, garantiu.

O engenheiro explicou que a Agesul já está se mobilizando para liberar a pista novamente. O caso é analisado por uma engenheira de Campo Grande, responsável pela elaboração de um relatório que será apresentado à Aeronáutica. Segundo o secretário municipal de Obras, Getúlio Neves, a interdição não possui um prazo pré-estipulado para acabar e dependerá de uma nova vistoria da Aeronáutica. “Pode ser que demore 30 dias ou pode ser que a pista seja liberada nesta semana. Depende de uma nova vistoria, que, ao que tudo indica, pode ser solicitada pelo Estado”. 

“Apenas a pista foi impossibilitada de receber voos. Eles [Anac e Aeronáutica] são bastante criteriosos e seguem à risca as normas de segurança. A interdição nada influencia no aeroporto. Trata-se de uma medida de prevenção”, informou o secretário.

Desde então, os usuários de aeronaves para chegar a Três Lagoas tiveram de recorrer aos aeroportos de Campo Grande ou Araçatuba, interior paulista, e percorrer o restante de automóvel. A estimativa é que o aeroporto do Município recebia uma média de dois a três jatos por semana, boa parte deles, de empresários em visita à Cidade.

Em contrapartida, segundo Getúlio, ainda não houve reclamações por parte dos pilotos. “Fui procurado pela população, pela Imprensa, mas quem tem aeronaves não questionou nada”.

OBRAS

Deguti informou que, apesar da interdição, as obras no aeroporto seguem normalmente e estão dentro do cronograma previsto. A aeroporto está recebendo um investimento de R$ 2,4 milhões. Segundo o engenheiro, o acesso dos Bombeiros à pista já foi concluído. Agora a empreiteira trabalha na construção da nova estrada de acesso ao terminal – a atual será de uso restrito dos órgãos de segurança -; na inclusão dos alambrados e também na construção da Brigada de Incêndios, do Corpo de Bombeiros. As telas do alambrado já estão sendo instaladas e a etapa deve ser concluída dentro de 30 dias, no máximo. Após o término desta etapa, deverá ser implantado o balizamento noturno. Além disto, o Município está pleiteando junto ao governo estadual recursos para a construção do novo terminal (o projeto arquitetônico já está pronto). 

A previsão da Agesul é que as obras do aeroporto, iniciadas no ano passado, sejam concluídas em maio de 2010.