O Departamento de Agronegócio da Secretaria de Meio Ambiente lançou na última semana um projeto piloto de plantação do milho catingueiro. A vantagem da espécie é que é possível colher a plantação em apenas três meses, enquanto a colheita do milho tradicional é feita a cada seis meses.
De acordo com o diretor do Departamento de Agronegócio, Renato Roberto Carrato Neto, a iniciativa em cultivar o milho catingueiro foi do secretário de Meio Ambiente, Mateus Arantes. Neto explicou que a Prefeitura recebeu 100 kg do milho vindos do nordeste (onde o cultivo tem dado certo). A quantidade foi distribuída para quatro pequenos produtores do Distrito de Arapuá e dos assentamentos de Três de Março e Pontal do Faia. “Essa espécie adapta-se ao clima quente do Nordeste. Como as temperaturas do município também são altas, acredito que pode dar certo”, disse.
O departamento ofereceu o material e em contrapartida os pequenos agricultores entraram com o preparo do solo para o plantio, os tratamentos culturais, feitos à base de inseticidas, e a própria colheita. Eles terão ainda que disponibilizar 30% da colheita para a Prefeitura. “Essa quantidade repassada para a administração municipal será distribuída para outros produtores passarem pela experiência”, explicou Neto.
Segundo Neto, os produtores que receberam as sementes não pretendem comercializar o milho colhido, uma vez que a agricultura no município é considerada fraca e muitos preferem não se arriscar. A colheita servirá para a alimentação animal. “Em épocas de seca, o gado alimenta-se com milho. Tendo-o plantado, esses produtores não precisarão comprar o alimento”, destacou. Para o próximo ano, a expectativa do Departamento de Agronegócio é fornecer milho para que mais de 30 produtores possam plantá-lo.