Praticidade, economia de tempo e facilidade de compra eram os argumentos utilizados pelos açougues e supermercados quando o assunto se referia as carnes moídas vendidas embaladas nos estabelecimentos. O movimento no horário de almoço e a pressa também eram usados como ‘desculpa’ para justificar a oferta da carne previamente moída.
Desde terça-feira (11) a lei de autoria do deputado Estadual, Pedro Kemp (PT) obriga açougues e supermercados a moerem a carne somente na presença do consumidor no ato da venda. A multa para quem infringir a Lei é de 500 Uferms, o que significa R$ 7,1 mil.
De acordo com o proprietário do Supermercado Thomé, Leandro Tebet Thomé, a medida não foi surpresa. “A lei já vinha sendo discutida, foi aprovada e agora sancionada. Mas sempre nos preocupamos com a qualidade do produto oferecido”.
Thomé disse que nunca teve problemas relacionados a isso. “A maioria dos nossos clientes prefere que a carne seja moída na hora, por isso não era nosso hábito estocar carne moída previamente. Nunca tivemos reclamação”.
Questionado sobre o valor da multa, o proprietário disse que considera ‘pesada’. “O valor é bastante alto, mas acredito que não seja o problema se todos se adequarem e cumprirem a lei”.
A dona de casa, Venância Soarez Santana, disse que antes mesmo de ser lei só comprava a carne se ela fosse moída na hora. “Achei a medida ótima. Nunca comprei carne embalada, a carne precisa estar fresca. Quando peço para que meu neto venha ao supermercado alerto para que peça que seja moída na hora e que fique de olho, pois tenho medo que esteja contaminada”, comentou.
Ela disse ainda que a medida adotada de não comprar carne embalada é devido a experiência de algumas pessoas. “Muita gente compra a carne e quando chega em casa está estragada. Acredito que embalando a carne esteja suscetível a bactérias”.
A lei abre exceção para os casos de carnes moídas industrializadas, desde que vistoriadas por órgão competente e com selo de qualidade. Para quem reincidir e insistir na venda a multa é aplicada em dobro.
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