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Mutirão

Casos graves de doenças respiratórias sobem e Três Lagoas reforça vacinação

Secretaria de Saúde realizará neste sábado (3), na Feira Central de Três Lagoas, vacinação contra a gripe para grupos prioritários

Com a chegada do outono e a queda das temperaturas, a circulação de vírus respiratórios aumentam
Foto: divulgação
Com a chegada do outono e a queda das temperaturas, a circulação de vírus respiratórios aumentam Foto: divulgação

Ao menos 40 pessoas foram internadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em Três Lagoas, entre os meses de março e abril. O município acende o sinal de alerta, assim como outras cidades de Mato Grosso do Sul e do país, que enfrentam um aumento significativo na procura por atendimentos relacionados a síndromes gripais, pneumonias e outras doenças respiratórias.

Segundo a coordenadora da Vigilância Epidemiológica Municipal (Vigep), Adriana Spazzapan, muitos dos casos registrados na cidade evoluíram para quadros mais graves, exigindo hospitalização.

“Acompanhamos diariamente os casos de internações e, embora Três Lagoas tenha confirmado apenas um caso de influenza H1N1 até o momento, temos pacientes com diferentes tipos de vírus, alguns com infecções virais simultâneas. Há também casos em que a infecção viral evolui para infecção bacteriana, aumentando a gravidade e a necessidade de internação”, explicou a coordenadora.

De acordo com dados da Vigep, o município registrou 67 casos de síndrome respiratória neste ano, sendo 17 em janeiro, 10 em fevereiro, 27 em março e 13 em abril, até o dia 19. Apesar de os leitos hospitalares ainda não estarem totalmente ocupados, a situação é considerada preocupante. Os hospitais Auxiliadora e Regional já operam próximos do limite de capacidade, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.

MUTIRÃO DE VACINAÇÃO
A baixa adesão à campanha de vacinação contra a influenza é uma das maiores preocupações das autoridades da Saúde. Até o momento, Três Lagoas alcançou apenas 21,67% de cobertura vacinal — número considerado muito abaixo do ideal.

“É fundamental que os grupos prioritários procurem a vacinação. Estamos reforçando as ações justamente para evitar que a situação se agrave”, afirma a coordenadora da Central de Imunização, Humberta Azambuja.

A meta é imunizar pelo menos 90% do grupo prioritário, que soma 32.712 pessoas. Para ampliar o acesso à vacina, a Secretaria Municipal de Saúde promoverá ações de vacinação contra a influenza na Feira Turística Central, a partir deste sábado (3).

Os integrantes do grupo prioritário poderão receber a dose entre 6h e 10h. Na segunda-feira (5) e na quarta-feira (7), equipes de saúde também estarão no local, das 18h às 21h, com foco em crianças de seis meses a menores de seis anos, idosos, puérperas, gestantes, pessoas com deficiência, povos indígenas, trabalhadores da saúde, caminhoneiros, professores do ensino básico e superior, entre outros.

Neste primeiro momento, o foco do Sistema Único de Saúde (SUS) é garantir a imunização dos grupos prioritários.

É importante que esse imunizante seja tomado anualmente, já que os vírus da influenza sofrem mutações constantes. “Muitas pessoas não estão apostando na gravidade da gripe este ano. A doença tem um comportamento sazonal, e 2024 foi um ano de baixa circulação viral, o que diminuiu a percepção de risco. Como resultado, a cobertura vacinal foi de apenas 50%. Com menos pessoas vacinadas, 2025 se torna um com maior circulação do vírus, mais internações e maior risco de óbitos”, destacou Azambuja.

CUIDADOS
A Secretaria de Saúde ressalta que a prevenção é a melhor forma de evitar uma crise hospitalar. Por isso, recomenda alguns cuidados como:
Em caso de sintomas respiratórios, evitar locais fechados e buscar atendimento médico ao primeiro sinal de agravamento.

Reforce os cuidados com a higiene pessoal e o uso de máscaras em locais com grande circulação de pessoas. Lave as mãos constantemente e utilize o álcool em gel.
Busque atendimento médico ao primeiro sinal de dificuldade respiratória, febre persistente ou queda de saturação.

SINTOMAS
Os sintomas de doenças respiratórias podem variar dependendo da condição, mas geralmente incluem tosse, febre, congestão nasal, coriza, dor de garganta, dor muscular, fadiga e espirros. Em casos mais graves, pode haver dificuldade para respirar ou perda de olfato e paladar.