O problema da venda de leite não pasteurizado, o conhecido leite de canequinha, está longe de ser solucionado em Três Lagoas. A Associação dos Leiteiros e Embaladores de Leite de Rua de Três Lagoas perdeu R$ 415 mil em recursos financeiros que foram destinados à construção da unidade de pasteurização, que atenderia os produtores de leite locais. Em nota, a Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer) informou que, em março deste ano, a Caixa Econômica Federal extinguiu o convênio de repasse, uma vez que sua vigência venceu em 31 de janeiro deste ano. Além disso, solicitou que fosse providenciada a devolução do saldo residual e dos rendimentos de aplicação destes recursos à União.
A Associação deu início ao processo de instalação da unidade no município, em 2002, quando o Ministério Público informou que a venda do leite de canequinha seria proibida em Três Lagoas. A determinação atende a lei federal de 1970. Na época, o promotor de Justiça, Fernando Marcelo Peixoto Lanza, prorrogou o prazo para continuação da venda de leite in natura desde que o presidente da Associação dos Leiteiros viabilizasse a construção de unidade de pasteurização. No entanto, o empreendimento não foi concretizado.
A mini-usina iria beneficiar cerca de 300 entregadores de leite de rua e 700 pequenos produtores do município. Além disso, também solucionaria o problema relacionado ao consumo do leite “in natura”, ainda comercializado para cerca de 50% da população três-lagoense, segundo estimativa do presidente da Associação, Valter Feliciano. Três Lagoas produz, atualmente, 20 mil litros/dia. Parte da produção abastece o município e o restante é destinado aos laticínios de Brasilândia, Selvíria e Inocência.
Confira a matéria completa na edição Nº 4.847, de 20dedezembro, do Jornal do Povo.