O Conselho Tutelar de Três Lagoas vem, desde sexta-feira, encabeçando um abaixo assinado para coletar assinaturas da população, com a finalidade de, solicitar junta a prefeitura, a criação de um Centro de Reabilitação para Dependentes Químicos. O foco do atendimento seriam crianças, adolescentes e gestantes usuárias de drogas.
O objetivo, segundo a coordenadora do Conselho, Miriam Herrera, é chamar a atenção da sociedade e recolher, ao menos, 5 mil assinaturas.
“Nesta terça-feira estaremos na praça “Senador Ramez Tebet”, a partir das 9h, para marcar definitivamente essa mobilização, que também contará com uma passeata, que deve acontecer a partir do dia 22 de abril. Assim que for confirmada a data correta, anunciaremos”, cita a conselheira.
Miriam alerta que, 80% dos atendimentos que chegam até sua equipe estão relacionados a abuso sexual de menores e adolescentes usuários de entorpecentes.
Miriam volta a defender a ideia de que dependentes químicos necessitam de atenção maior. “Não adianta levar o viciado para o Centro de Atendimento Psicossocial/Alcool e Drogas (Caps), ou ao hospital, onde recebe um remédio, conversa com o psiquiatra, toma café da manhã e depois é liberado para voltar para casa ou vão direto para a rua se drogar. Essas precisam necessitam de tratamento de choque, de internação de no mínimo sete meses”, alerta ela, que citou o caso da gestante depende química que, na semana passada perdeu o filho aos cinco meses de gestação. “Daqui a pouco essa mulher aparecerá novamente grávida pelas ruas”, completa ela.
SAÚDE
Por telefone, a secretária Municipal da Saúde, Eliane Brilhante disse que preferia abordar o assunto pessoalmente, mas como estava em Campo Grande, não haveria possibilidade de conceder entrevista.
No entanto, Eliane adiantou que a ideia do Conselho Tutelar, em coletar assinaturas para a criação de um Centro de Reabilitação para Dependentes Químicos, é ‘excelente’, inclusive é algo que auxiliaria a entrar com pedido no Ministério da Saúde para tal fim. “Infelizmente o Caps-AD não é cadastrado no Ministério da Saúde, por isso não conta com recurso para intensificar o atendimento aos dependentes químicos”, explica ela.
