A criação de inclusão de formação superior na área de segurança pública no Catálogo Nacional de Curso Superior veio ao encontro do novo perfil de policiais de Três Lagoas. A formação superior é exigida nos concursos da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e passará a ser exigido nos próximos concursos da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, porém, mesmo sem a obrigatoriedade, já vinha sendo procurada por muitos militares e investigadores.
Um levantamento feito pelo 2º Batalhão da Polícia Militar a pedido da reportagem apontou que, mesmo sem a exigência, atualmente 38% dos policiais militares que atuam em Três Lagoas tem formação superior. A média pode chegar a 40%, se somados os 250 militares (aproximadamente) que atuam em toda a área do Batalhão, responsável pela segurança de cinco municípios, como explicou o major Wilson Sergio Monari, comandante da corporação.
“Esta mudança do perfil dos militares começou em meados de 2003 e foi aumentando a cada inclusão de novos militares. Nas últimas turmas, a maioria tinha formação superior ou estava cursando alguma universidade”.
No entanto, Monari explicou que sem um curso específico para área, os militares são obrigados a recorrem a formações que se aproximem à realidade de trabalho. O curso de bacharelado em Direito é o mais procurado pelos militares de Três Lagoas, em seguida também aparecem cursos como Administração de Empresas e Educação Física. O comandante acredita que o aumento do número de policiais com formação superior já refletiu na melhora do trabalho da PM, mas não se compara a um curso de formação superior destinado diretamente à área de segurança pública. “Já temos pós-graduações nesta área, eu mesmo fiz. Mas, faltava a graduação na área. Ela será um mecanismo a mais para a qualificação do policial, que terá como se aprofundar no tema de segurança pública. O que consequentemente irá refletir no trabalho, no atendimento à comunidade”, concluiu.
Da mesma opinião compartilha o Delegado Regional, Vitor José Fernandes Lopes. Para ele, a graduação completará a academia de polícia. “A academia proporciona o básico para a formação do investigador. Até mesmo porque o Estado não tem condições de arcar com um curso superior longo. A criação dos cursos na área de segurança vem para atender os anseios de muitos que querem se qualificar”, disse.
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