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Três Lagoas

Curso de Medicina: comissão ainda não foi formada

Quatro residências foram confirmadas

A comissão técnica responsável pela elaboração do projeto de implantação da faculdade de medicina e, consequentemente, do hospital-escola, ainda não foi formada pela administração municipal.

A criação da equipe técnica foi proposta pelo vice-reitor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, João Ricardo Filgueiras Tognini, durante a última reunião realizada na sede da Secretaria de Ensino Superior (Sesu), em Brasília, que aconteceu no dia 4 deste mês, e aceita por todos os presentes, inclusive pela prefeita Márcia Moura. O encontro foi encerrado com dois nomes definidos: o de Tognini, que é médico e auxiliou na implantação da faculdade de medicina da Uniderp, em Campo Grande, e o do diretor do Hospital Universitário de Campo Grande, José Carlos Dorsa Vieira. O prazo até então era de uma semana para a escolha do restante dos integrantes. Entretanto, quinze dias depois, não houve grandes avanços.

Procurado pela reportagem do Jornal do Povo, Dercir Pedro de Oliveira, pró-reitor de Pesquisas e Pós-graduação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, o atraso vem preocupando a reitoria da universidade e gerando cobranças por parte do Ministério da Educação e Cultura.

REUNIÃO
Oliveira acompanhou a reitora da Universidade, Célia Maria Correa de Oliveira, a uma nova visita ao Sesu para discutir a implantação de um curso de Direito em Chapadão do Sul. Entretanto, durante a reunião, ambos foram questionados pelo secretário do Sesu, Amaro Lins, sobre o processo de implantação em Três Lagoas. De acordo com ele, o Ministério da Educação, como já havia anunciado, quer pressa no processo de implantação do curso e do Hospital Regional. Entre os principais questionamentos feitos por Lins à reitora, estavam a constituição da comissão e a doação por parte da Prefeitura da área onde o hospital será implantado. “O MEC já anunciou que quer agilidade no processo de implantação. O prazo para a conclusão é 2014. Eles estão nos cobrando uma posição. Mas, por enquanto, não recebemos nada oficial”, completou.

Conforme o pró-reitor, a comissão visa garantir que a estrutura física do hospital regional e do curso de medicina “seja funcional”. “Essa comissão é essencial para saber dados técnicos sobre a construção do hospital, como, por exemplo, o número de leitos, como será a estrutura física, quais são as melhores opções para garantir que a unidade seja funcional e possa evitar desperdício de recursos, entre outros detalhes”, explicou.

A equipe de reportagem tentou entrar em contato com a prefeita Márcia Moura (PMDB) para saber como estão os processos de formação da comissão e da doação da área, mas, até o fechamento desta edição, não obteve resposta. Em matéria, a assessoria de imprensa informou que, acompanhada pelo secretário de Obras, Getúlio Neves, Márcia estará em Brasília na próxima semana para buscar modelos de hospitais regionais que sejam adequados ao município e também para discutir o projeto no Ministério da Saúde.

Faculdade terá residência de pediatria e ginecologia

De acordo com Dercir Oliveira, já estão praticamente definidas as quatro residências do curso no município. A princípio, serão as seguintes: ginecologia, ortopedia, clínica médica e pediatria.

Ao todo, a faculdade de medicina terá 60 vagas, 20 a mais do que o previsto antes, e contará com um corpo docente de 60 professores e 40 técnicos. Os recursos para o novo curso também já estão assegurados.
A implantação do curso de medicina foi anunciada no ano passado e, em março, o governador André Puccinelli confirmou a construção de um hospital regional no município. O curso entrará em funcionamento em 2014 e o primeiro vestibular será realizado no fim de 2013.