Todas as ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) devem receber até o final deste ano um aparelho digital de eletrocardiograma e um software de telecomunicação que vai permitir o envio de informações cardíacas dos pacientes, nos primeiros minutos do atendimento, a uma equipe hospitalar especializada. A informação foi divulgada no dia 28 de janeiro, pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão.
As informações serão passadas via celular – ainda da casa do paciente ou local do acidente. A equipe do hospital vai analisar se o caso é de infarto e indicar o tratamento necessário. O procedimento deve demorar cerca de cinco minutos.
Os médicos farão o laudo, a ser enviado por um celular disponível na ambulância, junto com o procedimento a ser feito, nos casos em que o paciente receber o diagnóstico de algum problema no coração.
De acordo com a coordenadora do Samu, Mireilly de Souza Queiroz, a medida ainda não foi anunciada oficialmente, mas ela acredita que em abril o comunicado seja feito. “Fiquei sabendo disso ao ler a revista Emergência. Nós ainda não recebemos nenhum comunicado da CGUE [Coordenação Geral de Urgência e Emergência]. Como temos reuniões a cada dois meses, acredito que no próximo encontro, que acontece em abril, essa boa notícia seja dada”, enfatizou.
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Segundo Mireilly, com a chegada do equipamento, o trabalho será otimizado. “Nós fazemos um trabalho pré-hospitalar baseado em hipóteses. Com a chegada desse aparelho poderemos agilizar e aperfeiçoar o atendimento, pois se a pessoa estiver diante de um quadro de cardiopatia, por exemplo, teremos como tomar as medidas necessárias”, explicou.
Três Lagoas possui três unidades de atendimento, uma avançada e duas básicas. A unidade avançada receberá o equipamento. O treinamento da equipe que vai usar os aparelhos será feito pelo Hospital do Coração de São Paulo. Aproximadamente R$ 6 milhões estão sendo investidos nessa primeira etapa. A parceria faz parte da política dos hospitais de excelência de receberem renúncia fiscal de filantropia ao investirem em educação e treinamento de hospitais.
