Veículos de Comunicação

Três Lagoas

Enxame de abelhas fecha escola pela segunda vez

Alunos foram dispensados até o Corpo de Bombeiros retirar a colmeia

Um enxame de abelhas fez com que a direção da Escola Municipal Flauzina Assunção Marinho, no bairro Santa Rita, cancelasse as aulas nos períodos da manhã e tarde na última quarta-feira. 

Esta foi a segunda vez que as aulas a instituição de ensino foram paralisadas por conta deste problema. Entre os dias 20 e 21 de março (quinta e sexta-feira), uma caixa de abelhas foi encontrada em um dos pilares do alambrado da quadra, por precaução, a diretora da escola, Lucia Gonçalves da Rocha Correa, determinou que os estudantes fossem liberados. “Nós entendemos que poderia ser perigoso, portanto determinamos que os pais viessem buscar seus filhos e entramos em contrato com o Corpo de Bombeiros. As aulas só retornaram quando o problema foi resolvido”, destacou a diretora. 

Nesta semana o problema voltou a incomodar os alunos e a preocupar os professores da escola. Uma nova colmeia foi identificada no madeiramento do telhado, novamente nas proximidades da quadra, local que é muito frequentado pelas crianças, principalmente durante as aulas de educação física e recreio. 
Ao notar o perigo, a direção da escola entrou em contato novamente com os bombeiros que foram até o local e constataram que seria necessário fazer a retirada do enxame.. “Nós temos que pensar no que é melhor para os estudantes. Os bombeiros foram até lá e identificaram o problema novamente, eles foram embora e depois retornaram durante a noite e destruíram a colmeia usando fogo”, explicou Lucia. Com o problema resolvido, as aulas na escola retornaram normalmente na manhã de ontem. 
 
FREQUENTES
De acordo com o tenente do 5º Grupamento de Bombeiros de Três Lagoas,Leandro Domingos, com o tempo seco e propício às queimadas, os casos de abelhas agitadas dentro do perímetro urbano crescem. “No tempo do calor mais forte, os casos aumentam pois elas ficam mais agitadas e,consequentemente, agressivas. As queimadas em pastagens acabam propiciando o deslocamento destes insetos do campo para a cidade, isso faz com que elas escolham locais impróprios para montarem suas colmeias”, disse Domingos. 
O tenente também explicou como o Corpo de Bombeiros age nestes tipos de caso. “Em muita das vezes não temos muito o que fazer, as vezes as abelhas estão em seu habitat natural e o homem é quem invade seu espaço, mas quando o contrário acontece e nós detectamos que de fato existe um perigo real, nós realizamos o extermínio, mas isso é em último caso”, contou o tenente. 
 
Quando o único jeito é acabar com a colmeia, os bombeiros utilizam pelo menos três maneiras para matar as abelhas. A forma mais usada é a queima da colmeia. Caso isso não seja possível ou venha a oferecer algum risco à estrutura do local, os bombeiros fazem uso de inseticidas. Em um terceiro caso, e bem menos frequente, uma solução com sabão em pó e água, também consegue dar fim ao inseto. 
Entretanto, Domingos afirma que matar abelhas ou qualquer outro tipo de inseto sem autorização e a devida cautela pode configurar crime ambiental. “Nós só fazemos o extermínio se as abelhas estiveram oferecendo perigo real, caso não configure, nem os bombeiros nem tão pouco a população está autorizada a matar os insetos, caso seja comprovado que o extermínio foi feito sem a devida necessidade, o responsável pela ação poderá responder por crime ambiental e receber multa”, finalizou o tenente.