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Três Lagoas

Família é obrigada a permanecer morando em barraco

Temporal da última segunda-feira destruiu a casa que estava sendo construída nos fundos

Cláudio em frente ao barraco que corre risco de desabar caso ocorra um novo temporal na Cidade -
Cláudio em frente ao barraco que corre risco de desabar caso ocorra um novo temporal na Cidade -

Dois adultos e três crianças são obrigados a permanecer sob constante risco em um barraco no bairro Jardim Flamboyan. A chuva forte que arrasou parte da Cidade na última segunda-feira, além de trazer prejuízos, trouxe também preocupação para os moradores. No local, um barraco improvisado, moram Cláudio Rodrigues Porto, que trabalha como chapa, mais a esposa e três crianças.

“Foi um susto muito grande. Você nem imagina. Dessa vez não machucou ninguém. Já passei por alguns perigos antes, mas não como esse. Tenho que agradecer que consegui proteger a família e o barraco”, afirma Cláudio. Ontem, com a ajuda de amigos, cobriu novamente o barraco com lonas doadas pela Assistência Social.

O local, no entanto, tem muitas vigas escoradas, umas sobre as outras e não apresenta segurança alguma. “Ainda está perigoso. Mas não tem o que fazer. Não tenho dinheiro para comprar a madeira que preciso. Do jeito que está não dá para ficar. A assistência que tive foi a lona e uma cesta básica. Mais nada”, reclamou.

A casa de Cláudio estava sendo construída pela Prefeitura nos fundos do barraco, mas uma árvore arrancada pelo vento, voou e destruiu o que já estava levantado.

“Parece que só vão mexer de novo quando fizer sol, ou seja, vai demorar”, frisou. Ele já mora no barraco há sete anos e pensou que fosse acontecer algo pior. “Estávamos deitados. Todo mundo já tinha jantado. Ouvi um barulho muito forte. A árvore veio voando e destruiu a casa. Mas se ela não estivesse lá, teria vindo para cima do barraco. Temi pela vida de todos. Molhou tudo. As camas, o guarda-roupa está desmanchando, não tem mais jeito. Mas Deus olhou pela gente. Se não o barraco tinha voado. O pior é que esta lona não dura um mês”, reclamou